Estado receberá, pela primeira vez, capital para o desenvolvimento regional com vista aos portos do oceano Pacífico e para o mercado chinês
O Acre foi mencionado no ‘Seminário Empresarial Brasil-China: 45 anos construindo laços bilaterais’, como fundamental para um novo ciclo nas importações e exportações entre os dois países, nesta sexta-feira 25, em Pequim. Citado como extremamente importante, tanto pelo presidente Jair Bolsonaro, quanto pelo seu colega chinês Xi Jinping e pelo primeiro-ministro, Li Keqiang, o novo governo do engenheiro civil Gladson Cameli marca um golaço nas relações comerciais Brasil-China, ao colocar o Acre na posição estratégica para receber novos investimentos na área de infraestrutura aeroportuária, rodoviária e de logística de produtos em grande escala.
“Senhor presidente e senhor primeiro-ministro da China, o Acre será a porta de entrada e de saída das importações e exportações do nosso país, graças aos esforços de um jovem governador que tem os ideais de ver a sua região desenvolvida, assim como também são os nossos anseios”, afirmou o presidente Bolsonaro, após a abertura do evento, no Hotel Intercontinental Beijing Sanilitun, em Pequim, para cerca de 350 pessoas, entre ministros de estados do Brasil, autoridades chinesas, secretários de agências de desenvolvimento econômico de ambos os países, deputados, senadores e empresários.
Na ocasião, Bolsonaro e o dirigente chinês Xi Jinping assinaram protocolos sanitários para a exportação de farelo de algodão e de carne processada. Mas outros temas de interesses das delegações brasileiras e chinesas seguiram em negociação, entre elas o beneficiamento do bambu, do açaí e da madeira do Acre, produtos que devem ser explorados como integrantes do pacote de investimentos no estado que podem chegar a R$ 1 bilhão.
O governador Gladson Cameli mencionou o complexo Peixe da Amazônia, fechado por causa de uma série de ingerências da administração passada, como uma possibilidade de ser explorado pelos chineses, sugerindo um prazo de sete meses como experiência comercial. Cameli foi o único governador a participar da comitiva brasileira.
Da sua parte, o presidente Xi Jinping reconheceu o Brasil como um gigante na área de produção de grãos e que o seu governo está aberto a trabalhar também na área de pesquisa e de desenvolvimento de tecnologias com órgãos brasileiros como Embrapa e Petrobras, para juntos reforçarem ainda mais os laços econômicos e sociais. Jiping afirmou que quer superar em 2020 os mais de R$ 10 bilhões, fechados em 2018, com as importações e exportações entre Brasil e China.
“Além de potencializarmos os nossos investimentos para que ambos os países ganhem juntos, temos ainda interesse de investir no Brasil com um programa profissionalizante para jovens e adultos que podem gerar emprego e renda”, afirmou o presidente chinês.
A delegação brasileira foi convidada a voltar à China em breve e à tarde, se deslocou para uma cerimônia no Monumento aos Heróis do Povo, na Praça da Paz Celestial.
Resley Saab