A família do aposentado Aluísio Neves do Nascimento afirma que um suposto erro médico agravou seu estado de saúde e pode ter provocado sua morte.
Aluísio, 64 anos, fazia tratamento contra câncer de fígado. Nos últimos dias piorou.
Segundo a família, não há vaga no Hospital do Câncer e por isso foi para a UPA da Sobral onde ainda teria contraído uma tuberculose.
A família afirma que um medicamento aplicado por um médico, que não souberam identificar teria agravado a situação de Aluísio. “Depois que aplicaram um medicamento no meu pai ele tá desacordado desde segunda-feira. Um outro médico que foi tirar plantão afirmou que não deveriam ter aplicado a medicação intravenosa. Agora parece que meu pai tá em coma e ninguém diz nada”, fala Alexandre Nascimento, filho do paciente.
Com o agravamento do quadro de saúde, Aluísio foi transferido para o pronto-socorro. O correto, como faz tratamento contra o câncer, seria o Unacon. Alexandre afirma que foram avisados que não há vagas na unidade. “O que nos informaram foi que não tinha vaga nenhuma”.
Na manhã desta quinta-feira, 24, o quadro de seu Aluísio se agravou e a família recebeu a notícia que tanto temia. O idoso faleceu no pronto-socorro. “Meu pai morreu após tomar essa medicação. Nós queremos uma explicação”, diz Alexandre.
A reportagem não conseguiu falar com a direção da UPA da Sobral, mas deixa em aberto o espaço para que a direção se manifeste sobre o suposto erro médico.
A reportagem do ac24horas conversou com a gerente da UPA da Sobral, Tatyana Calixto, que afirma que ninguém da família fez qualquer tipo de denúncia. “O que temos desse paciente é que uma vítima de câncer de fígado, chegou aqui debilitado e foi atendido. Como o seu quadro piorou, ele foi regulado para o pronto-socorro. Nós não recebemos nenhuma reclamação. A gerência está de portas abertas. Se algum familiar quiser vir até aqui e fazer uma denúncia formal, nós iremos receber e apurar”, afirma.