Imagina todo dia sair de casa às 4 da manhã e ter que caminhar 8 quilômetros por um ramal para chegar até o ponto onde passa o ônibus?
Essa é a realidade diária de alunos que moram no Ramal do Mutum e que estudam na escola Elozira dos Santos Thomé, localizada na região do Alto Alegre.
Agora imagina fazer isso, chegar no ponto e simplesmente o ônibus não aparecer?
Não é à toa a indignação da dona de casa Jesuína Alves Braga, moradora do Ramal.
Jesuína tem três filhos, dois de 15 e um de 11 anos, que estudam na escola e desde a semana passada andam em vão os oito quilômetros de ramal. Quando chegam ao ponto do ônibus, esperam por horas e nada de aparecer o escolar que deveria levar a criançada à escola.
“Isso nunca aconteceu. Meus filhos andam 8 quilômetros até a ponta do asfalto e quando chegam lá não tem ônibus e ninguém nem avisa. Meus meninos já perderam a semana de provas na semana passada e a única coisa que a direção da escola diz é que não tem mais ônibus”, afirma Jesuína.
A mesma situação tem sido vivida pela filha de Jozilene da Cruz. “Estamos todos nessa situação. Não tá tendo transporte para eles virem para o colégio”.
A diretora da escola Elozira dos Santos Thomé, Clécia de Souza, diz que já comunicou a situação a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (SEE). “Hoje pela manhã já mandei uma mensagem para o setor responsável e recebi a garantia de que estão tentando resolver o problema”.
Consultada, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que o ônibus que atende a comunidade apresentou problema técnico e que o fornecedor contratado atrasou na resolução do problema. Segundo a SEE, a previsão é que o ônibus volte a transportar os estudantes da região do Ramal do Mutum nesta quarta-feira.