Segundo o o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), existem atualmente no Acre cerca de 5 mil pessoas com a doença ou que tiveram sequelas da hanseníase.
Ter a doença décadas atrás era a garantia de uma vida isolada da sociedade. Marcada pelo extremo preconceito e falta de informação, quem contraia a doença era afastado da família e do convívio social.
No Acre, o caso mais conhecida é da Colônia Souza Araújo.
O tempo passou, hoje se sabe que se diagnosticada e com o tratamento correto a hanseníase tem cura. Mesmo assim, em uma época onde a informação está disponível com um toque no celular, o preconceito e as informações distorcidas ainda permeiam a doença.
Por isso nesta quinta e sexta-feira, dias 3 e 4, respectivamente, o Ministério Público do Acre e o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) realizam um seminário para debater medidas de atendimento.
O encontro vai contar com a presença do coordenador Nacional do Morhan, Arthur Custódio, que fará explanação sobre a situação atual da Hanseníase no país.
O cenário do Acre será apresentado pelo secretário de Comunicação do Morhan no estado, Bil Souza.
O promotor de Justiça Gláucio Ney Shiroma Oshiro, titular da 1ª Promotoria Especializada de Defesa da Saúde, explica que o Ministério Público atua neste processo como agente de transformação, fazendo a articulação entre os órgãos competentes com o objetivo de construir processos e fluxos que possam melhor o atendimento a esse público.
O seminário vai debater ainda os desafios e estratégias da municipalização do cuidado com os pacientes portadores de Hanseníase no estado, que hoje tem o atendimento centralizado no serviço dermatológico do Hospital das Clínicas.
Com informação da assessoria do MPAC