Diante da crise política instalada no Acre e o fogo cruzado entre Assembleia Legislativa e Palácio Rio Branco, que teve como ápice a exoneração de 340 cargos comissionados, indicados políticos dos deputados da base de apoio na semana passada, ficou a indagação de como o gigante abismo que separa hoje a própria base aliada e o Governo do Acre seria contornada.
Muita gente tem apostado na volta dos 340 comissionados e que as exonerações tenham sido um recado duro e claro de Gladson Cameli à Assembleia Legislativa. Ainda é cedo para avaliar, mas o Diário Oficial desta terça-feira, 24, indica de que essa possa ser a saída mais provável para tentar contornar a crise.
O governador em exercício, Major Rocha, já que Gladson se encontra em agenda nos Estados Unidos, tornou, em uma única canetada, sem efeito a exoneração de 19 servidores que haviam sido demitidos de seus cargos comissionados na semana passada. A expectativa, inclusive entre os deputados da base aliada que tem dito isso quando pressionados por seus indicados políticos é que aos poucos todo mundo vai voltar.
Precisamos de um governo sério e comprometido com a população, diz Duarte
O primeiro parlamentar a se posicionar sobre a publicação no Diário Oficial que indica a possibilidade de volta dos 340 cargos comissionais exonerados foi o deputado estadual Roberto Duarte (MDB).
“Durante a minha vida privada e pública, sempre me pautei pela verdade. Por isso, vou ler todos os nomes de todas nomeações e decretos que serão tornados sem efeitos na tribuna da Aleac. A população precisa tomar conhecimento da verdade, se as demissões dos cargos comissionados foram mesmo por causa do limite de gastos com pessoal, para obedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal ou se foi uma simples retaliação aos deputados e todos retornarão como se nada tivesse acontecido.
Duarte afirmou que o Acre está na UTI em várias áreas. “O governo não pode brincar de governar, nosso Estado está na UTI em diversas áreas, precisamos de um governo sério e comprometido com a população”.