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Promotor vê “processo industrial de morte” em homicídios no Acre

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O promotor Ildon Maximiano, do Ministério Público do Acre, alia a mudança do perfil dos homicídios a um “processo industrial de morte”. Em declaração ao Monitor da Violência, do G1, Ildon diz que antes o homicida conhecia a vítima e depois, com comandos que partem dos presídios, o executor sequer conhece a vítima. “Imagina quão arbitrário é isso: passar num bar, achar que um sujeito anda como um bandido e atirar nele. É assim que eles fazem às vezes. É como um processo industrial de morte”, disse Ildon.


“A partir do momento que há uma ascensão e fortificação do crime organizado, houve uma mudança de perfil nos homicídios. O homicida normalmente conhecia a vítima. Aqui no Acre era muito comum você ter [homicídio] numa mesa de sinuca, numa discussão num bar, ou um sujeito que brigasse por causa de uma dívida, algo que ligava as pessoas.


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O perfil do homicídio vai se alterando. Você tem um comando de um homicídio de dentro de um presídio, por exemplo. A pessoa que executa sequer conhece (a vítima). Recebe a foto e (a ordem de) matar alguém. Ou, por exemplo, quem pertence à facção passa no bar e atira. Imagina quão arbitrário é isso: passar num bar, achar que um sujeito anda como um bandido e atirar nele. É assim que eles fazem às vezes. É como um processo industrial de morte”, afirma o promotor.


O Monitor da Violência listou as dificuldades na apuração das mortes violentas no País, entre elas a falta de investimento e ação do crime organizado.


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