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Promotor quer penas altas para acusados de fraude em licitações

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O promotor de Justiça Ildon Maximiliano afirmou, nesta terça-feira, 3, no encerramento do primeiro dia de audiências de instrução e julgamento dos denunciados da Operação Labor, que espera penas mais altas possíveis para que haja “exemplo e punição”. 


O autor da denúncia diz que o esquema criminoso que envolve os ex-prefeitos Everaldo Gomes e Aldemir Lopes, de Brasileia, e Roney Firmino, de Plácido de Castro, tinham o objetivo de “fortificação e manutenção no poder”.


“Os ex-prefeitos foram colocados no processo como parte de um núcleo político que formava uma organização criminosa. Todos os réus são, basicamente, acusados desse crime. Uma quadrilha formada para o desvio de valores do erário público. Esperamos penas altas para que haja a devida punição e o exemplo para a sociedade de que o crime não compensa”, afirmou o representante do Ministério Público.

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A denúncia do MP partiu de uma ação deflagrada pela Polícia Federal com o apoio do Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – que levou à prisão de empresários, vereadores e dos três ex-prefeitos. Um total de 16 pessoas são acusadas de desvio de dinheiro público, fraude a licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa. 


Já foram ouvidas mais de 50 pessoas no processo, que se desenrola desde abril de 2017. Neste primeiro dia de audiências que abrem a fase conclusiva do processo começaram a ser ouvidas testemunhas de acusação e defesa, entre elas dois delatores do esquema que também estão entre os réus.


Everaldo Gomes não compareceu ao Fórum de Brasileia nesta terça-feira. Segundo relatório médico apresentado ao juiz Clovis de Souza Lodi pela advogada de defesa do ex-prefeito, Laryssa Leal do Vale, ele sofreu uma fratura no braço esquerdo depois de cair de um cavalo, no último domingo, e aguarda cirurgia no Pronto Socorro de Rio Branco. Uma nova audiência será marcada para que o acusado seja ouvido à parte.


O advogado de defesa dos ex-prefeitos Aldemir Lopes e Roney Firmino, Ribamar de Souza Feitosa Júnior, o “Júnior Feitosa”, disse que não existem provas cabais do que está se imputando aos seus clientes no processo. 


“No que pesem as acusações que os delatores fazem, todavia eles não trazem provas cabais que coadunem com que está no processo. São acusações que a defesa entende que não passam de falácia”, afirmou. 


 


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