É grande a movimentação de pessoas no Fórum de Xapuri, na manhã desta terça-feira, 13, para assistirem ao julgamento dos 10 acusados do assassinato por linchamento do pedreiro Almir de Souza Moura, ocorrido em 2017. A reunião do Tribunal do Júri deverá ser a maior desde o caso Chico Mendes.
São 10 réus, 7 homens e 3 mulheres, que responderão pelo crime. 10 advogados atuarão na defesa e dois promotores, Bianca Bernardes de Moraes, da promotoria de Xapuri, e Ocimar da Silva Sales Júnior, de Brasiléia, farão a sustentação das denúncias oferecidas contra cada um dos acusados. 27 testemunhas estão arroladas no processo.
Marcado para começar às 9 horas da manhã, o julgamento teve o horário alterado por conta do atraso das viaturas do Instituto de Administração Penitenciária que trouxeram 7 dos 10 acusados. As três mulheres que estão entre os denunciados respondem ao processo em liberdade. A sessão começará por volta do meio dia.
De acordo com as informações levantadas na fase policial do processo, a morte de Almir foi motivada pela disputa entre facções. Embriagado, em um baile noturno, o pedreiro teria falado demais no lugar e hora errados. Na saída da boate, ele foi atacado por várias pessoas, sendo espancado até a morte sem que houvesse qualquer possibilidade de defesa. Além do crime contra o pedreiro Almir, os réus também serão julgados pela tentativa de homicídio contra uma segunda vítima que, na mesma ocasião, também foi espancada pelos acusados, tendo, no entanto, resistido aos ferimentos.
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