O governador Gladson Cameli aproveitou a coletiva com os jornalistas na tarde desta quarta-feira, 31, e falou também sobre a repercussão de sua declaração de que os produtores rurais não devem pagar multa ambiental. A frase teria sido dita no último dia 31 de maio durante agenda em Sena Madureira.
Gladson afirmou que não é a favor do desmatamento, e explicou o motivo da declaração. “Eu dei aquela declaração porque ouvi de um pobre produtor rural que recebeu uma multa de 400 mil reais do ICMBio e ainda tomaram às quatro vaquinhas de leite que esse pobre produtor tinha. Vocês acham que eu ia ficar calado em uma situação dessas. Não sou a favor do desmatamento ilegal, sou a favor que se cumpra o que diz o novo Código Florestal Brasileiro que, inclusive, eu votei para sua aprovação”, disse o governador.
Cameli afirmou que tem pedido à direção do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) que a prioridade seja a orientação. “A função desses órgãos é orientar, mas o que estava acontecendo é que já chegavam com a multa. O que eu tenho pedido é que se faça orientação antes de aplicar a multa”, explicou.
Ao falar da política ambientalista, Gladson não economizou nas críticas à ex-senadora, ex-ministra do Meio Ambiente e por duas vezes candidata à Presidência da República Marina Silva e aos defensores do conceito de florestania. “O que eu não aceito é dona Marina Silva, que nunca deu um prego em uma barra de sabão aqui no Acre e que nunca gerou um emprego e só trouxe retrocesso ao estado com esse negócio de florestania vir falar. Vamos chamar para um debate, que eu não tenho medo”, afirmou.