A cheia do Rio Madeira, em Rondônia, ameaça seriamente os serviços de asfaltamento e manutenção viária em Rio Branco. É o que informa a prefeitura de Rio Branco. De acordo com o executivo municipal, o estoque de CAP (cimento asfáltico de petróleo), matéria-prima das operações tapa-buraco e asfaltamento de ruas, só é suficiente para realizar os serviços de até sábado, 22.
Segundo a prefeitura, a Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (EMURB) está seriamente preocupada com a situação, já que as empresas fornecedoras não estão conseguindo realizar a entrega de 700 toneladas de CAP encomendadas pela Prefeitura. Assim a programação de manutenção viária e asfaltamento de ruas sofrerá sérios atrasos.
O nível do rio Madeira vem subindo 18 centímetros ao dia na última semana, segundo a Defesa Civil de Rondônia. A EMURB lembra que o abastecimento de CAP está irregular desde o início deste mês de fevereiro e se agravou nos últimos dias porque os fornecedores de Betim, em Minas Gerais, e Manaus, no Amazonas, encontram dificuldades operacionais no transporte fluvial, por conta da dificuldade de funcionamento do porto de Porto Velho e por causa do alagamento na BR 364. A rodovia está há três dias coberta pela água do Madeira no trecho próximo à vila Mutum-Paraná.
Mesmo com capacidade reduzida por conta do drástico racionamento do CAP, os serviços não pararam ao longo da semana. As equipes fazem o tapa-buraco com piçarra e imprimação usando CM 30 (asfalto diluído de petróleo) e cobrem com areia. O serviço permite o uso da via por veículos e tão logo o abastecimento de CAP esteja normal, a EMURB aplica o asfalto para garantir a durabilidade do serviço.
A preocupação da EMURB se baseia na previsão de mais chuva para a região nos próximos dias. Entre Acre e Rondônia choverá forte até o dia 15 de março, de acordo com os serviços de meteorologia.