O ato de lançamento do programa de ramais em Sena Madureira não teve apenas o seu lado administrativo, mas, principalmente, o enfoque político, porque reuniu o governador Gladson Cameli e o prefeito Mazinho Serafim, que estavam rompidos. Foi um encontro bem além do ato amistoso, mas com a troca de elogios. Perguntei ontem ao Mazinho como encarou a visita. O que disse: “foi uma promessa de campanha de que o governo dele seria voltado do campo para a cidade. Assinou um convênio, agradeci pela atitude, pela mão amiga. Lembrei que foi em Sena Madureira onde foi o mais votado do Acre. Prometeu fornecer insumos para asfaltar a cidade e agradeci, porque temos uma usina de beneficiamento de asfalto e maquinário”. Sobre qual seria o papel da deputada Meire Serafim (MDB), sua esposa, depois do encontro cordial, na ALEAC, foi taxativo: “a questão da deputada Meire é manter o mandato independente. Nós não temos nenhuma participação dentro do governo, não fomos convidados para participar de governo, assim temos um mandato independente. O MDB tem lá secretárias, mas que nenhuma foi indicada pelo MDB, considero que o MDB não tem cargo no governo. No mais fico agradecido pela visita. Demos a mão de amigo, mas foi um ato institucional e não político,” destacou ele ao BLOG DO CRICA. O que se pode deduzir de tudo o que aconteceu em Sena foi que, se não houve neste primeiro momento o reatamento político do tempo da campanha, pelo menos o gelo das relações foi quebrado. E ficou um caminho aberto para uma conciliação política no futuro. Um ponto positivo deve ser debitado ao prefeito Mazinho, o de ser sincero nas declarações. O que tem de dizer o faz sem subterfúgios.
INDÚSTRIA DA RECEPTAÇÃO
Não é preciso ser expert em segurança pública para saber que se não houver um desmantelamento do ninho de receptação de celulares roubados este tipo de delito se torna atraente. Todo mundo sabe onde na cidade se conserta celulares, se negocia, e se desconhece uma ação policial ostensiva contra os receptadores. Prender quem rouba o celular e não se atacar a receptação é como enxugar gelo. Virou um perigo à noite alguém sacar um celular.
PARAÍSO DOS ASSALTOS
O Jardim Tropical, por exemplo, virou o paraíso dos ladrões de celulares, até pelo maior poder aquisitivo dos moradores. Alguém puxar um celular para falar em suas ruas, praça, é um perigo. Motoqueiros passam fazendo arrastões de celulares, geralmente, ao entardecer. Onde está a polícia? E as rondas? Perguntem ao secretário de Segurança e ao Comandante da PM.
PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES
Para não ser injusto, registro que ontem às 21:5 passou uma viatura da PM pela Praça do Tropical. Mas o que se quer é periodicidade, a presença policial ostensiva e não fugaz.
NÃO FOI ESTE O DISCURSO
O discurso que elegeu a chapa Gladson Cameli- Major Rocha foi que o governo antecessor tinha fracassado no combate ao crime (é verdade), é que tinham a varinha de condão para retornar a paz aos acreanos. A cidade continua tão violenta como era no governo do PT.
MUDANDO A PROSA
Conheço o Alisson Bestene há muito tempo. É um menino (pela minha idade posso lhe chamar assim) do bem, uma pessoa de fino trato. Mas em relação à sua gestão na Saúde tem de mudar. Ser bonzinho, complacente, não resolve, tem de ter pulso para tomar medidas duras.
DENUNCIAR O CONTRATO
O profissional que não quiser trabalhar, lhe demita. O fornecedor não cumpre o que foi licitado, o inabilite para vender para Saúde. Vá para as redes sociais, sites, rádios, jornais, e denuncie se estiver havendo algum boicote. O povo se alia ao gestor forte, ao fraco, não! O assessor não está dando certo? O demita. Se não fizer isso dará margem para sua demissão.
VOZ DA EXPERIÊNCIA
Conversei ontem com um velho amigo que conhece os mecanismos da Saúde na palma de mão. E pontuou: “se o Alisson colocar nos eixos o atendimento na Cidade do Povo, serão cerca de 20 mil pessoas que ficarão satisfeitas com ele e com o governador. Se der um atendimento de qualidade na UPA da Sobral, terá uma comunidade de mais de 30 mil pessoas falando bem. E depois concentra no HUERB. Mas se ficar postergando soluções, medidas duras, vai acabar o governo e o sistema de saúde continuará tão ruim como no governo passado”. Concordo.
MELHOROU MUITO
Vamos para a FUNDHACRE. No governo passado era um dos alvos fixos das críticas. Os entraves não foram resolvidos ao todo, mas o dirigente do órgão Lúcio Brasil, tomou medidas que reduziram as críticas a um menor número. Pegou com dois centros cirúrgicos funcionando e hoje tem cinco. São ajustes que não podem deixar de serem feitos pelo gestor. É resolver.
FOI NO INTO?
Nota-se o governador Gladson Cameli extremamente preocupado com a situação da Saúde. Já foi no INTO? Uma obra portentosa, mas necessária na especialidade de ortopedia. O Gladson já foi lá? Se ele foi viu material hospitalar que poderia estar sendo usado encaixotado. É uma obra que tem de ser concluída e posta para funcionar no pleno, resolveria o calo da ortopedia.
MILAGRES NÃO SE OPERAM, MAS SOLUÇÕES TRIVIAIS, SIM!
O argumento que o Gladson está cinco meses no governo e os problemas são de vinte anos é aceito em tese. Não se quer milagres, não senhor! Mas medidas emergenciais que mudem um pouco a cara do abandono do setor, que indique correção de rumos, que podem ser tomadas.
BOM PROVEITO
São apenas comentários de quem está de fora assistindo e que já viu o mesmo filme da inércia na Saúde, no governo passado. Mas os senhores do poder que se entendam, e bom proveito.
NÃO APOSTEM NO IMEDIATISMO
O deputado Josa da Farmácia (PODEMOS) foi cassado sob o argumento da compra de votos e abuso do poder econômico, numa decisão não unânime. O primeiro suplente não comemore. Até a sentença final estarão ao dispor do Josa; e no cargo, dezenas de recursos. E bote tempo!
RECLAMAR DOS POLÍTICOS
Há a revolta de suplentes que defendem que o condenado por compra de votos em primeira instância deveria deixar o mandato. Mas só que a legislação não é assim. Seria lhe tirar o direito de ser absolvido em segunda instância. E quem fez a lei foram os senhores políticos.
O JUIZ SÓ JULGA
Os políticos costumam atacar o Judiciário quando toma uma medida que não os agrada. Eles esquecem que não são os juízes que elaboram as leis, mas sim os deputados e senadores.
NÃO É ASSUNTO PARA AGORA
Perfeita a posição da prefeita Socorro Neri de não tratar do assunto reeleição este ano. Quem tem de se preocupar em arrumar candidaturas para disputar a PMRB são os partidos de oposição. Declarar agora que disputará a eleição seria antecipar um debate com mais de ano.
ENTRAVE AMBIENTAL
O debate promovido ontem pelo senador Sérgio Petecão (PSD) sobre os entraves ambientais é altamente válido. Não se trata de afinar o coro contra a devastação florestal, mas de se ter mais celeridades dos órgãos do meio-ambiente quando se trata de dar licença para uma obra.
DISCUSSÃO TÉCNICA
O deputado Daniel Zen (PT), uma das figuras mais qualificadas da nova geração petista, promoveu ontem um seminário para discutir a “Reforma da Previdência: os Impactos para os Trabalhadores Brasileiros”. Como palestrantes técnicos da Receita Federal. Não é simplesmente ser contra ou favor da Reforma da Previdência, e sim discutir com dados.
ERA PRECISO ISSO?
Foi preciso o deputado José Bestene (PROGRESSISTAS) se empenhar para que a sala de espera da Unidade de Reabilitação Dom Bosco, onde os pais e filhos ficavam sob o calor infernal, fosse climatizada. Era preciso a ação de um deputado? Por isso é que os gestores têm de fazer visitas ás unidades que prestam um atendimento na área da Saúde para ver e solucionar problemas.
ROBERTO FERES
Uma nomeação do Gladson Cameli para o governo que, pela competência, conseguiu unanimidade na imprensa. Roberto Feres foi uma nomeação técnica, acima de tudo.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Recomendo para os dias 13 e 14 de junho aos jornalistas, deputados, servidores da ALEAC, o curso “Liberdade de Expressão e de Imprensa no Mundo Digital: Alcance e Responsabilidades”. O fato de ser ministrado pelo bom Juiz Giordane Dourado já é um cartão de visita atraente. Será na Assembléia Legislativa. Uma bela oportunidade para a atualização jurídica.
REIS DOS APELIDOS
O governador Gladson Cameli gosta de colocar apelidos nos seus secretários. O secretário de Saúde, Alysson Bestene, é chamado por ele de “leitãozinho” e as secretárias Eliane Sinhasique e Maria Alice de “meninas poderosas”. Gladson, convenhamos: você é uma figura!
COMPRAR AVIÃO
Já que de cinco em cinco dias o governador Gladson Cameli ou o vice-governador Major Rocha ficam fora do Estado, a sugestão é de que comprem um avião com a seguinte escala: cinco dias o brinquedinho será usado pelo Cameli e cinco dias pelo Rocha. E estamos resolvidos.