“O fundo de um navio foi o meio de transporte que levou Francisca Barros da Silva, na época com nove anos de idade, de uma tribo indígena no Amazonas para a capital do Acre. Com ela, apenas um representante da Fundação Nacional do Índio. Família e amigos ficaram imediatamente para trás, porque ela tinha hanseníase, ali conhecida como lepra, e precisava ficar isolada do resto do mundo”. Com essa emocionante introdução a repórter Ludimila Honorato inicia a reportagem especial do portal Terra desta sexta-feira (31) sobre a hanseníase, doença que apesar de ter despencado em incidência ainda causa danos no Acre.
“Depois de passar por uma unidade de saúde em Rio Branco, a menina foi encaminhada para a colônia Souza Araújo, espaço destinado a pessoas diagnosticadas com a doença”, relata a jornalista. Sua personagem, dona Francisca, está hoje com 63 anos e a história dela se junta à de centenas de outros que passaram por igual sofrimento.
Dados de 2018 do Boletim Epidemiológico da Hanseníase, documento oficial do Ministério da Saúde, mostravam que a taxa de prevalência da hanseníase era de 1,9 caso para grupo de 100 mil pessoas ao ano, algo aceitável quando comparado com outras épocas -mas a maior incidência do Brasil.
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