O secretário de Polícia Civil, delegado Rêmulo Diniz, e o Comandante da Polícia Militar, coronel Mario César, serão comunicados ainda nesta segunda-feira, 6, que serão exonerados de suas pastas. A informação foi confirmada pelo governador Gladson Cameli que afirmou que se reunirá com ambos para informar sobre a sua decisão, que conta com o apoio do vice-governador Major Rocha.
A destituição dos principais cabeças da cúpula da segurança pública ocorre em meio a uma crise aguda na Segurança Pública do Estado, que apesar de registrar índices menores de violência em relação ao ano passado, vem passando por uma guerra declarada nos bastidores.
A primeira situação colocada e até então considerada a mais grave, é o fato do secretário de Polícia Civil, Rêmulo Diniz, não falar a mesma língua de Gladson e Rocha na questão da mudança de status da secretaria que passaria a ser um departamento ligado a pasta da Segurança Pública. Diniz vem sofrendo internamente desgaste com os demais colegas delegados. Ele chegou a afastar alguns delegados de suas respectivas funções por discordarem das mudanças que deverão ser feitas na nova Reforma Administrativa que deverá ser encaminhada em breve a Assembleia Legislativa, mas teve suas decisões preteridas pelo Palácio Rio Branco.
Já Mário César sofre o desgaste com as Associais Militares que divulgaram nota recentemente se colocando contra algumas mudanças feitas no Comando. O estopim para crise foi o fato de Mário ter escolhido Coronel Messias, um inimigo declarado de Rocha, para ser seu subcomandante. Outro ponto que pesa contra o atual comandante é o fato de não ter uma boa relação com o atual secretário de segurança, Paulo César.