Como parte das obrigatoriedades para que o Acre deixe de vacinar seu rebanho bovino contra a febre aftosa, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) apresentou durante esta terça-feira, 30, as estratégias que o Acre tem adotado e precisa adotar para ser reconhecido como zona livre de aftosa sem vacinação.
Em novembro deste ano, os pecuaristas acreanos não vão mais precisar imunizar o gado.
Mas o que isso representa para o Acre? Segundo Jessé Monteiro, diretor técnico do Instituto Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) o estado tem muito a ganhar.
“Saindo na frente, o Acre vai poder ter acesso a mercados consumidores que ainda não consomem nossa carne porque ainda vacinamos. Vamos pegar o exemplo do Peru que é poder ser um grande mercado consumidor pela proximidade e que não compra nossa carne. Eles questionam se já estamos há 20 anos como zona livre de aftosa porque ainda vacinamos. Não vacinar mais significa mais credibilidade para chegar em outros mercados”, explica Jessé.
o rebanho bovino atual do Acre é de mais de 3 milhões de animais, o que representa mais de 4 bilhões de reais. A pecuária é a terceira atividade econômica que mais contribui para o Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
Os pecuaristas acreanos produzem 100 mil toneladas de carne ao ano. Desse valor, cerca de 70 mil toneladas são exportadas.
O curioso na apresentação das estratégias foi a cobrança do diretor técnico do Idaf sobre a defasagem no quadro de pessoal do órgão. Jessé lembrou que ao mesmo tempo que o rebanho cresceu e, portanto, aumentou a demanda dos servidores, o quadro funcional diminuiu e é necessário a realização de um concurso público para a contratação de novos servidores de forma efetiva.
Jessé parece ter esquecido que para a realização de um concurso público não é necessária a aprovação da Assembleia Legislativa, basta que o governador Gladson Cameli decida, publique um edital, realize o concurso e contrate os servidores.