Em maio de 2017, o então governador Sebastião Viana lançou o programa de climatização das escolas do Acre. A promessa era beneficiar 207 escolas estaduais e 140 mil estudantes ao custo de 16 milhões de reais;
O problema para alguns estudantes é que a climatização não chegou em todos as escolas prometidas.
Uma delas é a escola Antônio de Oliveira Dantas, a maior do município de Mâncio Lima, na região do Juruá.
Atualmente, a unidade de ensino tem 532 alunos matriculados que prometem entrar “em greve” pela promessa não cumprida. “Muitos alunos já passaram mal por causa do calor extremo. Estamos esperando desde 2017 pela chegada desses ares condicionados e até agora nada”, é o que afirma Pablo Azevedo, 16 anos, presidente do grêmio estudantil da escola.
Não é a primeira vez que os estudantes prometem paralisar as aulas pela falta de climatização. Pablo conta que antes das eleições do ano passado depois que os estudantes prometerem fazer uma espécie de greve, chegaram a trabalhar alguns poucos dias, mas não concluíram o trabalho. “Reuni os alunos da escola e decidimos fazer greve. A coordenação do núcleo aqui de Mâncio Lima pediu mais tempo e a gente deu. Como eles não cumpriram com o que prometeram, a gente ia iniciar a greve poucos dias antes da eleição. Eles ligaram e falaram que o caminhão estava chegando com o material. Trabalharam dois dias, depois da eleição vieram mais um dia apenas e nunca mais apareceram”, explica Pablo.
Agora os alunos estão dispostos a fazer greve se o trabalho não for concluído. “Em fevereiro, mandamos um ofício para o núcleo de educação e não obtivemos resposta. Na sexta passada íamos iniciar a greve, mas pediram um prazo de trinta dias. Vamos aguardar. Só queremos o que prometeram pra gente. Somos a maior escola do município e a que mais manda estudantes para universidade”, explica o presidente do grêmio estudantil da escola Antônio de Oliveira Dantas.