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Final de campeonato não terá transmissão pelo rádio por coincidir com procissão

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Sem dúvida alguma, o grande desafio dos clubes, cartolas e da crônica esportiva é criar alternativas para atrair público ao futebol acreano. A média de pessoas que comparecem aos estádios para assistir as partidas é cada vez menor.


E a falta de coerência dos dirigentes colabora ainda mais para afastar o torcedor das arquibancadas. Basta analisar a data escolhida para a primeira final do Campeonato Acreano deste ano.


O jogo está marcado para a próxima sexta-feira, 19. A data e, principalmente, o horário do jogo desagradaram a crônica esportiva e pode provocar um fato inédito em décadas de transmissão esportiva no Acre. Uma final de campeonato não ter transmissão de rádio.

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É que além da partida está marcada para a sexta-feira da paixão, data em que tradicionalmente não há jogos de futebol, o horário marcado também se tornou um problema. Marcada para as 19 horas, a partida foi antecipada pela Federação de Futebol do Acre e os clubes que estão na final, Atlético e Galvez, para as 17 horas. Ocorre que nesse mesmo horário acontece a tradicional procissão que lembra a crucificação e sua morte no Calvário.


As duas rádios que fazem transmissão ao vivo do campeonato estadual já anunciaram que não vão transmitir, já que há um compromisso anterior com a transmissão do ato litúrgico que reúne cerca de 30 mil pessoas.


Alberto Casas, presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do Acre (ACEA) e repórter da Rádio Difusora Acreana discorda da data. “Até já teve partidas na sexta-feira da paixão, mas não lembro da Difusora ficar de fora de uma transmissão. A antecipação é que prejudicou, já que vai coincidir com o horário da procissão. As duas finais poderiam ser no sábado e na terça”, afirmou.


A outra emissora que transmite o Campeonato Acreano, a EcoAcre FM, também já anunciou que, por causa da procissão, não fará a transmissão do futebol.


O jornalista Manoel Façanha, vice-presidente Norte da Associação Brasileira de Cronistas Esportivos (ABRACE) também concorda que as duas finais poderiam ser disputadas no sábado e na terça. “Acho que essa partida deveria ocorrer no sábado e a outra na terça-feira. Muitas pessoas viajam neste período ou vão para retiros espirituais ou vão a procissão, além de que a sexta-feira santa é um momento de reflexão espiritual”, conclui.


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