A queda de braço entre governo e oposição na Assembleia Legislativa do Acre para a criação e instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que pretende investigar o abuso da Energisa na cobrança da energia fornecida no Acre, está cada vez mais acirrada. Deputados dois dois lados fazem conta o tempo todo e cada grupo aposta que vence.
Com a assinatura dos deputados Wagner Felipe (PR), Nenem Almeida (Solidariedade) e Jonas Lima (PT), o número de parlamentares favoráveis a instalação da CPI chega a 11. Os três parlamentares se somam a Jenilson Leite (PC do B e criador e autor da proposta), Edvaldo Magalhães (PC do B), Roberto Duarte (MDB), Daniel Zen (PT), Cadmiel Bonfim (PSDB), Meire Serafim (MDB), Fagner Calegário (PV) e Maria Antônia (PROS) que já haviam assinado o pedido de CPI.
A instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito deve pautar os trabalhos do legislativo acreano a partir da próxima semana.
O autor da proposta, deputado Jenilson Leite diz que a CPI vai trabalhar para tirar a população desta situação vexatória imposta pela companhia de energia. “O aumento foi muito substancial, foi de 21%, a redução de pouco mais de 3%… depois baixou para 18% e pode continuar baixando”, esclarece.
Na defesa para que a proposta de CPI prospere, Roberto Duarte afirma que “no momento em que se instalar a CPI a companhia de eletricidade já vai começar a mudar a leitura nos relógios de energia na casa das pessoas”. Para ele, “a CPI terá efeitos imediatos”. Duarte relatou que houve erro na leitura do relógio em sua casa aumentando em muito o valor da conta. “Entramos no Procon e na Justiça, a empresa reconheceu o erro e propôs reduzir nossa conta, fazem isso com uma pessoa esclarecida, imaginem com uma pessoa humilde”, questionou.