Desde seus primeiros dias como governador do Acre Gladson Cameli vem nomeando e em seguida ‘desnomeando’ assessores no 1º, 2º e 3º escalões, que são os mais visíveis. Inicialmente ele nomeou um tenente-coronel para comandar o Corpo de Bombeiros, mas o caso quase gera um incêndio administrativo, já que pelo regimento do CB só oficiais com a patente de coronel pode ocupar o cargo.
Em meio à papelada que lhe chega diariamente para assinar, o governador em exercício, Wherles Rocha, nomeou Tayle Maria Sena para ocupar cargo em comissão na Secretaria de Saúde, mas logo depois o informaram que se tratava da esposa de Jackson Marinheiro, pivô do escândalo na Emurb, de Rio Branco.
Todas as nomeações e consequentes exonerações foram marcadas por indignação da opinião pública e da militância progressista mas a do jovem Hedislandes Gadelha causou furor geral. Nomeado em um dia no outro foi exonerado-e o rapaz sumiu das redes sociais, as trincheiras que escolheu para fazer a defesa da Frente Popular do Acre enquanto esta ainda respirava.
Outro que sumiu após exoneração foi Rui Birico, apesar de seguir atuando no Acreprevidência. Gladson chegou a explicar que estava corrigindo informações no decreto de nomeação por isso o exonerou, mas nomeou novamente. Na mesma ocasião esteve com o cargo ameaçado Alércio Dias, Vagner Sales e James Gomes. Há uma recomendação do Ministério Público para que eles não ocupem cargos públicos já que estão com pendências na Justiça. “A caneta que nomeia é a mesma que exonera”, repete Gladson. Com isso, várias outras nomeações foram tornadas “sem efeito” após repercussão negativa. O último caso é de Elson Santiago, que receberia R$19 mil para ser assessor especial, mas seu decreto não durou 24 horas. Santiago foi firme defensor do governo de Sebastião Viana, do (PT).
Considerando os que estiveram ameaçados ou foram mantidos, onze figuras expressivas acabaram demitidos depois da má repercussão de suas nomeações desde janeiro até agora.