Em 2009, a Fundação Getúlio Vargas publicou um estudo mostrando que o Acre apresentava 7,16% de classe social A, o maior índice entre os Estados da região norte do Brasil.
Já o estudo produzido em 2012 pela Fundação Getúlio Vargas indicava que ao menos a capital do Acre, Rio Branco, ocupava a posição de número 450 em percentual de pessoas nas classes AB e Marechal Thaumaturgo estava na de número 5.116, praticamente entre os últimos municípios brasileiros com esse estrato social.
Apesar dessas variações, o fosso entre ricos e pobres é enorme, conforme lembra um professor universitário: “Com base em dados do Instituto de Pesquisas Aplicadas Econômicas, o Ipea, cerca de 10% da população concentra cerca de 70% da renda. O que significa que 90% da população fica com o restante”, disse nesta segunda-feira (18) o pesquisador Carlos Estevão, da Universidade Federal do Acre.
Nas pesquisas que identificam as classes A+B+C o Acre era, em 2009, o segundo Estado com o índice de 57,90%. E detinha o segundo menor índice com classes D+E (classes mais baixas) da região, 42,1%.
Em 2018, os dados passaram a corroborar com o professor da Ufac. Segundo os cálculos do Bradesco, baseados em pesquisas domiciliares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 900 mil brasileiros deixaram de integrar as classes A e B no ano passado. Somente na classe A – composta por famílias com renda mensal de R$ 11.001 ou mais – foram 500 mil a menos. Não se sabe os dados do Acre, mas pelo tamanho do fosso que separa ricos e pobres o empobrecimento da população materializou-se em algumas situações, como o aumento de 100 para 180 no número de moradores de rua em Rio Branco nos últimos três anos.