A base do governo na Assembléia Legislativa virou uma Casa de Noca, onde se briga e ninguém se entende. Até que enfim, o governador Gladson Cameli acordou depois de ver seus aliados serem mais críticos do seu governo do que a própria oposição. Deu poder ao assessor Ney Amorim para fazer a mediação com a classe política pelo governo. O Ney (foto) é extremamente habilidoso, não se discute. É preciso saber até aonde vai o seu poder para encaminhar as reivindicações que por certo virão da classe política. O Ney vem da política e sabe que nesta seara não se resolvem as coisas com tapinhas nas costas. Mas pelo menos já é um bom início do governo, o de reconhecer a sua fragilidade na articulação política. A primeira medida, a mais urgente, é conseguir que os deputados que apoiam o governo falem a mesma língua. Nas últimas sessões na ALEAC, o que se viu foram agressões e arreganhos de aliados.
OLHO DO FURACÃO
Uma nomeação do Carlos Ovídio, o Rezende – não está em dúvida a sua qualificação profissional – para presidir a ANAC, indicação do deputado Luiz Tchê (PDT), vai levar o Gladson Cameli para o olho do furacão das críticas negativas nas redes sociais. Rezende foi figura de proa constante nos governos petistas, linha de frente. Aguardemos os desfechos.
CHAMOU ATENÇÃO
O que chamou a atenção na fala do vice-governador Major Rocha sobre a contestada nomeação de uma figura ligada ao PT (já demitida), foi que colocaram para ele assinar cerca de 50 indicações de políticos E não dava para saber quem era quem. Acredito que foi isso mesmo.
PAGANDO EM DIAS
Quem apostou que administração do prefeito Ilderlei Cordeiro continuaria estagnada, como no início de mandato, começa ver outra realidade. As ruas de Cruzeiro do Sul, embora haja muito a ser feito, já não ostentam a visão de tábua de pirulito. E está pagando a folha em dias.
ZEN E O AGRONEGÓCIO
Toda opinião tem de ter contraditório ou não é democracia. O deputado Daniel Zen (PT) possui uma imagem diferente do agronegócio. Acha que não é a varinha mágica vendida pelo governo. Vejamos: “de certo que é um vetor econômico importante, em uma matriz de desenvolvimento de um Estado com vocação agrícola como o nosso. Mas não é e nunca será – com perdão do trocadilho – a salvação da lavoura. A agricultura familiar gera muito mais emprego do que o agronegócio. E isso quem diz é o IBGE..”
OUTRO PONTO NESTA DISCUSSÃO
Outro ponto que deve entrar no debate sobre a abertura da fronteira do Acre para o agronegócio é que antes teremos que de ramais com livre trânsito para escoamentos dos grãos e uma assistência técnica intensiva para quem produzir neste modelo. Sem isso, é construir um carro sem rodas. Na maioria dos nossos ramais no inverno mal passa uma carroça puxada por bois.
BALANÇO DA SEGURANÇA
Coloco na cota da ânsia de resolver, a declaração do secretário de Segurança, Paulo César, de que em 10 dias a população passaria a ter maior sensação de tranqüilidade. Os assaltos às residências continuam, furtos de carros idem, o que melhorou foi a elucidação dos crimes, as prisões e a presença da polícia nas ruas, principalmente, as rondas noturnas nos bairros. Mas as execuções estão tão altas como no último governo. Mas, estamos no início da gestão.
MAIS RECURSOS
Nesta terça-feira o governador Cameli estará entregando novas viaturas para a Segurança.
TUDO MUITO AMADOR
Dando uma passagem pela relação das obras inacabadas deixadas pelo governo passado a impressão que fica é que estas obras eram feitas na tora, no amadorismo do fazer por fazer, sem um planejamento. É um bom exemplo para o atual governo não se mirar.
JUSTIFICA A VISIBILIDADE
A boa visibilidade que tem o mandato do deputado federal Alan Rick (DEM) na mídia é justificada por ser um parlamentar propositivo e participativo nos debates nacionais e na busca de recursos para o Acre. Não basta um deputado ir para Brasília fazer cara de paisagem.
RECLAMEM PARA O BISPO
Amigos secretários do governo Gladson Cameli costumam se queixar de que as suas secretarias estão na base do pão e água e que, desta maneira fica difícil de deslancharem. A tesoura da secretária da Fazenda, dona Semírames, é implacável. Sugestão: reclamem ao Bispo. Ele não reclamou e num instante mandaram dinheiro para o Santa Juliana? Quem sabe!
QUE GRUPO, MINORU?
O ex-Reitor Minoru Kinpara diz que vai consultar seu “grupo” antes de dar resposta ao convite do MDB para uma filiação e, possivelmente, para ser candidato a prefeito de Rio Branco? Que grupo, Minoru? Seu grupo é o grupo do eu sozinho. Os seus votos foram pessoais. Sem essa!
VIAJANDO NAS CONSPIRAÇÕES
A turma da esquerda adora uma miragem de conspirações. O ex-deputado federal Sibá Machado (PT) é o Papa das teorias mirabolantes. Atribuiu a prisão do Lula e o impeachment da Dilma a uma ação da CIA. Saiu do mandato, mas deixou uma sucessora. A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), que vê o Brasil se encaminhando para a guerra contra Venezuela.
SIMON BOLÍVAR DA FLORESTANIA
Camarada (sic) deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), caso esta guerra aconteça, fica a sugestão de mandar o camarada Edvaldo Magalhães (PCdoB) para combater ao lado das milícias bolivarianas do Maduro. Quem sabe, não sairá como um Simon Bolívar da Florestania!
FALANDO DO MADURO
Mas falando do ditador da Venezuela, Nícolas Maduro, o ex-governador Tião Viana tem uma predileção pela defesa do indefensável. Vê no Lula um prisioneiro político e não pula da Cama sem gritar antes “Lula Livre! Agora, o Tião vê no Maduro um mártir da democracia. My God!
PÉSSIMO CARTÃO DE VISITA
Quem chega ao Acre pela primeira vez deve pensar estar entrando numa cidade em pleno racionamento de energia. Boa parte da estrada do aeroporto na escuridão. E se der uma volta pela Amadeo Barbosa também está um breu. Os responsáveis nem piscam de vergonha?
DESCARTE CLARO
A confirmação pelo deputado federal Flaviano Melo (MDB) do convite ao Minoru Kinpara para se filiar ao MDB, logicamente, para ser candidato a prefeito de Rio Branco no próximo ano é um descarte claro á sonhada candidatura pelo partido do deputado Roberto Duarte (MDB).
SEGUNDO DESCARTE
O MDB foi o segundo partido a descartar a candidatura do deputado Roberto Duarte (MDB) à PMRB. O PSDB ainda andou ensaiando o seu nome, mas agora o vice-governador Major Rocha nem fala mais. Seu foco é o Kinpara e no “Plano B”, a deputada federal Mara Rocha (PSDB).
DONA MARA, O PT PERDEU A ELEIÇÃO!
Em recente discurso na Câmara Federal, a deputada Mara Rocha (PSDB) se mostrou ainda desconectada da nova realidade política acreana. Disse que o PT pressiona a favor da pensão dos ex-governadores. O PT perdeu a eleição! Quem está com a caneta na mão para manter ou acabar com a referida pensão é seu correligionário, governador Gladson Cameli. Acorda, Mara!
É PRECISO IR SE ACOSTUMANDO
A antiga oposição, hoje no poder é preciso se acostumar à realidade de ser vidraça, o tempo da baladeira está esvaindo. Que o Tião Viana entregou um Acre esbagaçado é verdade. Mas só pode ser usado como argumento até os 100 dias. Depois a cobrança é de quem está no poder.
ACABAR COM O SUPLÍCIO
O Gladson Cameli deveria fazer logo todas as nomeações para os cargos vagos de confiança que restam ou não nomear mais ninguém. As nomeações por pequenos blocos, onde sempre aparece alguém do PT, causam enxurradas de críticas de aliados nas redes sociais.
ISSO É QUE VAI BALIZAR
O PT saiu estropiado da última eleição, no Acre, mas não morto. O que vai balizar a volta do PT ao poder em 2022 ou não é qual será o resultado do governo Gladson Cameli e como estará a sua popularidade na época eleitoral. Antes disso é prematuro se fazer uma avaliação.
SEM NOME PARA A PMRB
A que ponto chegou o PT, no Acre! Os que gostavam de aparecer em fotos ao lado das suas lideranças, agora dobram a esquina. E para a eleição de prefeito de Rio Branco não tem um nome de densidade eleitoral para disputa. Jorge Viana e Raimundo Angelim descartam uma candidatura. Vai restar aos petistas uma aliança com a prefeita Socorro Nei, não há saída.
SERIA RIDÍCULO FAZER NÚMERO
Ao não ser que os dirigentes petistas entrem na disputa apenas para fazer número, o que ficaria muito mal para um partido que mandou e desmandou no Acre, nos últimos 20 anos.
SEM ESPAÇO
Quem deve estar sentindo voltar como deputada de situação é a deputada Antonia Sales (MDB), que foi uma das críticas mais ferozes dos governos petistas nos mandatos anteriores, principalmente, com cobranças para o Juruá. Agora perdeu o filão das críticas. Virou poder.
ATÉ CERTO TEMPO
Os deputados da base do governo que eram oposição vão chegar a um tempo que não caberá mais cobrar do Jorge Viana, do Binho Marques, do Tião Viana, e terão de cobrar do Gladson.
SINCERAMENTE? NÃO ACREDITO!
Vejo mais como factóide político do prefeito de Senador Guiomard, Gilson da Funerária, esta acusação que está sofrendo perseguição do prefeito afastado e recentemente solto, André Maia. Alguém que saiu da prisão ia querer ameaçar um adversário e voltar a ser preso? Muito mal contada esta história. Fico tranqüilo na observação. Não tenho amizade com ambos.
CADA UM NO SEU QUADRADO
Como a patifaria das coligações proporcionais acabou, que na verdade era um mercado persa de venda de tempo na televisão e barganhas financeiras para alianças, cada partido terá que ter uma chapa própria para disputar vagas nas Câmaras Municipais, na eleição do próximo ano. Isso também leva os partidos a terem um candidato majoritário para dar palanque aos vereadores. Acabou a pouca vergonha de alguém ter mil votos ficar fora e quem teve 500 ganhar um mandato. Quem quiser se eleger terá que ser à custa do esforço pessoal.