Após greve de advertência em novembro do ano passado, os servidores públicos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) voltaram a anunciar deflagração de greve geral na autarquia.
Desta vez, por tempo indeterminado, mais de 350 funcionários devem suspender as atividades, no próximo dia 19, em todo o Estado e também nas unidades em Porto velho, Rondônia, Acre e Macapá.
O anúncio de greve foi decidido em assembleia, ontem, no próprio auditório da entidade. Segundo o diretor do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa), Sidnei Nunes, os servidores estão frustrados com a entidade que não levou adiante as negociações, no fim do ano passado, junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
A principal pauta da categoria é a reestruturação do Plano de Carreira, onde os servidores exigem a equiparação salarial junto às agências reguladoras.
Em exemplo, Nunes citou a remuneração de um servidor de ensino médio que hoje recebe R$ 2,3 mil e com a igualdade, o mesmo servidor receberia R$ 5,3 mil. O ensino superior saltaria de R$ 4,4 mil para R$ 9,2 mil.
“Nós temos hoje, um dos salários mais baixos de todo o Poder Executivo, por isso, queremos a equiparação às agências reguladoras, como a Anatel, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), entre outros”, explicou.
Em novembro de 2013, o secretário do Mdic, Ricardo Shaeffer, esteve na capital, onde conversou com o superintendente do órgão, Thomaz Nogueira, sobre as reivindicações do laboral. Conforme Nunes, o secretário afirmou que levaria a carta com proposta da categoria até o ministério e que no início de dezembro retornava com o resultado, porém, isso não foi feito.
Com a paralisação das vistorias nos terminais subordinados à autarquia, o abastecimento no comércio e indústria local pode ficar comprometido.