Nem o mais bem informado carteiro seria tão habilidoso para encontrar o endereço itinerante do Manin, homem de 67 anos que é conhecido pela forma carinhosa com que trata as filhas Suelen, de 13 anos, e Simony, de 16.
Atualmente, seu endereço é o Porto da Catraia do Bairro 15. A casa-barco, como eles costumam chamar, foi construída com muito esforço e é onde passam grande parte da vida.
“Nossa casa é um batelão. Um dia a chuva vem temos que tirar as coisas do lugar rapidinho, quando o sol chega bate direto na cara”, disse Suellen.
Simony diz que a vida de hoje nem se compara ao tempo que morou na Colônia, quando o pai ainda morava com mãe. “Foram tempos difíceis, tinha que acordar 5 da manhã para ir para o roçado”, disse ela. “Hoje não sinto falta de nada”, continuou. Ela tem o pai como grande herói.
Manoel Raimundo, que adotou o apelido de Manin há anos, leva a vida como se fosse uma grande festa, não reclama de nada. ” Posso dizer que somos uma família feliz, não pagamos IPTU, nosso estacionamento é gratuito, e os vizinhos nunca são os mesmos”, conta ele com sorriso largo no rosto.
O videomaker do ac24horas, Kennedy Santos, passou 24 horas com a família no barco para entender a realidade e compreender como é viver num batelão. Assista o video na integra: