Ao atingir 15 metros no perímetro urbano de Porto Velho, o rio Madeira deixou a Defesa Civil no Acre em alerta.
Na capital rondoniense o manancial já atingiu três bairros, e a prefeitura deve decretar estado de emergência por causa do risco de enchente.
Quando o rio ultrapassa a cota de transbordamento em Porto Velho, não é um bom sinal para quem depende da BR-364, como é o caso do Acre.
A água represada faz aumentar o volume ao longo do rio até a região do Abunã, onde a rodovia é ladeada pelo Madeira próximo da usina de Santo Antônio.
No Acre, uma equipe da Defesa Civil mantém constante monitoramento do nível do rio no Abunã e troca informações com o Serviço Geológico do Brasil, o CPRM, e com a Agência Nacional de Águas, ANA, instituições que monitoram 24 horas por dias os rios da região.
Na última semana de dezembro, segundo relatório divulgado pela ANA, o nível do rio Madeira em relação a margem da BR-364, na comunidade de Mutum Paraná, próximo do local onde as balsas fazem a travessia, era de pouco mais de dois metros.
Na mesma região, uma empresa contratada pelo Departamento Nacional de Infra Estrutura e Transportes, DNIT, finaliza as obras de elevação da rodovia.
Os trechos elevados são os mesmos que em 2014 ficaram quase dois meses inundados pela maior enchente já registrada na região.
Naquele ano, o Acre ficou isolado por mais de cinquenta dias, o que causou desabastecimento de gêneros alimentícios, combustível e medicamentos.
Com o Madeira transbordando em Porto Velho, cresce o risco de uma nova enchente que pode ,mais uma vez isolar o Acre.