Os grupos políticos do senador Jorge Viana e dos deputados federais Raimundo Angelim e Sibá Machado dentro do PT, boicotaram a reunião do diretório estadual realizada na tarde desta quinta-feira (27), que conduziu Cesário Braga à presidência do partido.
O boicote revela o atual momento de divisão interna do PT, que se arrasta desde o início da campanha eleitoral deste ano, intensificada com as duas candidaturas petistas ao Senado: a de Jorge Viana e a do deputado estadual Ney Amorim (sem partido).
O grupo de Jorge Viana já trocou farpas com Cesário Braga, após este ter sido acionado, pelo Palácio Rio Branco, para fazer ataques ao senador, numa reação a críticas do parlamentar ao governo do irmão Sebastião Viana – uma espécie de contra-ataque a fogo-amigo.
Os petistas aliados de Jorge Viana e Raimundo Angelim defendiam o nome de Sibá Machado para cumprir o mandato-tampão de presidente da legenda. Como Cesário Braga era o nome de consenso do governo e do campo majoritário (a Democracia Radical), seus oponentes optaram por não ir ã reunião para evitar eventuais desentendimentos.
Apesar do boicote, a reunião do diretório alcançou o quorum para sacramentar Braga como a nova liderança do PT no Acre. Além da Democracia Radical, outras duas correntes apoiaram Braga; a Avante e a Mensagem ao Partido.
O tempo de permanência dele na presidência ainda é incerto. Reunião da executiva nacional, em fevereiro, definirá se haverá eleições internas em 2019 – o chamado PED – ou se os atuais dirigentes terão os mandatos renovados de forma automática.