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Fingindo diplomacia, Sebastião e Gladson devem se encontrar nos tribunais em fevereiro

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Após o resultado das eleições 2018 e o período tenso de transição entre o governo que finda e outro que entra a partir de 2019, o ainda governador Sebastião Viana (PT) deve ter um encontro nada amistoso com o governador eleito Gladson Cameli (Progressistas) nos tribunais. É que corre na 4ª Vara Cível de Rio Branco um processo em que Viana postula ganhar uma indenização por dano moral por R$ 30 mil de Cameli por este ter feito contra ele, acusações no período eleitoral. A audiência de conciliação já foi inclusive marcada para o dia 20 de fevereiro, a partir das 15h, conforme consta numa Carta de Citação e de Intimação obtida pelo ac24horas, mas até o momento Cameli não confirmou recebimento, e a correspondência foi devolvida.


Em seu pedido, Sebastião afirma que no dia 27 de setembro, Gladson, candidato ao cargo de governador nas eleições, divulgou, por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp, áudio em que atribui “conduta inverídica ao autor, atual governador do Estado do Acre, o que configura os crimes de injúria, calúnia e difamação”. Ele alega que no áudio divulgado, Cameli afirma que Viana teria dado orientação para que a Polícia Militar não esteja na rua no dia das eleições, onde o senador da república pediu apoio da população para que fiscalizasse o pleito, dando a entender que a ausência de policiamento determinada, teria a finalidade de acobertar a prática de ilícitos eleitorais.


Os advogados de Sebastião sustentam que tal comunicado teve alcance indeterminado, ofendendo a sua honra e imagem, “porquanto se trata de informação inverídica”. e requereu na época medida liminar para que fosse determinada que Gladson realizasse uma retratação em suas redes sociais, desmentindo a afirmação feita na referida mídia, minorando, portanto, os danos que lhe foram causados e à população em geral, por ter esta direito à correta informação acerca da segurança e lisura no dia das eleições. O pedido antecipação de liminar foi negado na época pela juíza de direito, Olívia Maria Alves Ribeiro, que determinou, porém, que o processo prosseguisse o seu rito, marcando a audiência para fevereiro.

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SORRISOS SOMENTE EM FOTOS

O relacionamento entre Gladson e o Sebastião nunca foi um dos melhores, nem mesmo quando Cameli fazia parte da Frente Popular do Acre, mas no início e final da transição de governo, os dois fizeram fotos para imprensa tentando demonstrar união e diplomacia, mas durante solenidade de diplomação realizada na semana passada, o governador eleito apresentou um cenário de quase calamidade em que receberá o estado em 1 de janeiro. Citando uma espécie de “herança maldita”, Cameli falou de profundas dificuldades em que assumirá o estado, tanto do ponto de vista econômico quanto social. Entre os problemas apontados por ele estariam a saúde financeira e fiscal do governo. De acordo com Cameli, se nada for feito em questão de meses, a máquina pública tende a entrar em colapso.


Em resposta, o governador Sebastião Viana (PT) afirmou que fará uso do direito de não responder às críticas feitas por seu futuro sucessor no cargo. Indagado por ac24horas sobre essas críticas, o governador petista respondeu: “Eu me reservo ao direito de não rebater nenhum comentário do governador eleito. Eu acho que ele está no momento dele. Ele precisa ser feliz no momento dele”.


Para Sebastião Viana, Gladson Cameli “precisa aproveitar da melhor forma o entendimento dele do que seja governar”. Ele afirmou que indicadores apontam o Acre com o quarto maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país nos últimos 12 anos. O PIB representa a soma de todas as riquezas produzidas dentro do estado.


“Isso já responde muito.” Segundo o governador, o grande desafio do Acre é o déficit nas contas da previdência. “São R$ 40 milhões por mês. Você imagina que estamos falando de, pelo menos, R$ 440 milhões por ano de gasto com previdência que nenhum governo anterior teve”, afirmou.


Sebastião Viana voltou a afirmar que não responderia às críticas de Gladson Cameli, e que deseja “muita sorte ao próximo governo”. “Que ele faça o melhor de si, porque o sucesso do governo do Acre será o sucesso do povo do Acre. Eu me reservo ao direito de deixar ele viver esse momento dele. Seja feliz”, ressaltou.


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