“Vamos oferecer aqui o mesmo tratamento que nossos taxistas recebem lá”. Com essa afirmação o diretor da Superintendência de Trânsito de Rio Branco (RBtrans), Gabriel Forneck, justificou a expulsão de um grupo de taxistas de Boca do Acre, no Amazonas, retirados de um ponto no bairro Cidade Nova, na manhã desta segunda-feira (12).
Forneck explicou que a medida foi adotada por que a prefeitura de Boca do Acre e o Sindicato dos Taxistas daquela cidade não cumpriram um acordo verbal firmado entre as duas gestões, que garantia ponto de parada e direito a lotar o carro em ambas as cidades.
“Havia um acordo verbal para que lá em Boca do Acre os taxistas daqui pudessem parar no ponto e aguardar os passageiros para voltarem lotados. Aqui o pessoal de Boca do Acre sempre teve esse direito, mas lá não permitem que taxista de fora atuem nos pontos. Vamos oferecer aqui o mesmo tratamento dado lá. Iremos prestigiar os profissionais que pagam impostos e atuam de forma legal”, disse Forneck.
Fiscais da RBtrans foram até o ponto onde os taxistas amazonenses paravam, ao lado da antiga rodoviária, notificaram os taxistas estacionados e arrancaram a faixada de identificação do ponto.
O presidente do Sindicato dos Taxistas de Boca do Acre, Milkley de Lima Neves, disse que a ação foi desproporcional e desnecessária, uma vez que, segundo ele, na cidade amazonense os taxistas de Rio Branco pode circular livremente.
Gabriel Forneck desmentiu o sindicalista e reiterou que a partir de agora, os táxis de Boca do Acre não podem estacionar no perímetro de Rio Branco para aguardar passageiros.
Na semana passada, o vice prefeito de Boca do Acre, Carlinhos da Farmácia junto com vereadores, veio a Rio Branco tentar mediar um acordo. O gestor se comprometeu em construir um ponto exclusivo para os carros de Rio Branco. Essa promessa, de acordo com Gabriel Forneck é antiga e nunca foi cumprida.