Em meio à crise financeira e aos cortes na máquina pública há o temor de que o governo atrase ou parcele, a exemplo de outros Estados, os pagamentos de novembro, dezembro e o 13º salário.
O temor é justificável. Afinal, o governo local tem tomado medidas drásticas, como exonerações antes do encerramento da gestão e cancelamento de contratos para reduzir o sufoco da máquina e ao menos pagar os servidores em dia para manter a propalada bandeira dos governos petistas de 20 anos sem atrasos salariais.
Nesta terça-feira, 06, a chefe da Casa Civil, Márcia Regina, disse, ao ser perguntada por ac24horas sobre os pagamentos, que o governo trabalha para cumprir o calendário e que espera que nada aconteça além do que está programado.
“Nós estamos seguindo o cronograma de pagamento. É claro que a gente vê e sabe que o Brasil anda com muita dificuldade. Temos muitos Estados que informaram que já atrasam pagamentos e outros que não fecham as contas. O que nós esperamos é que nada aconteça além do que está programado, porque nós estamos trabalhando para cumprir o calendário”.
“Nós precisamos liberar a administração para a nova gestão”, diz Márcia Regina sobre exonerações e cortes em algumas despesas
Exonerações, corte de lanches, redução no número de veículos e diminuição no consumo de combustíveis têm sido algumas das medidas medidas adotadas pelo governo de Sebastião Viana, que está a pouco menos de dois meses do fim, para manter o Estado minimamente funcionando durante o processo de transição para a nova gestão, a do progressista Gladson Cameli que começa em 1º de janeiro de 2019.
Semana passada, por exemplo, mais de 300 pessoas foram desligadas do governo. Esse número deve aumentar muito mais, o que é natural, já que os cargos, pelo menos a maioria, são de caráter provisório.
“É de praxe, eu tenho dito, nós precisamos liberar a administração para a nova gestão. Nesse caso é praxe para que os cargos sejam exonerados para serem entregues livres. Nós estamos em processo de transição em que algumas atividades do governo estão encerradas ou estão em diminuição. Nós estamos fazendo uma diminuição pra que mais cedo a gente possa estar fazendo essa etapa de fechamento de governo”, informou nesta terça-feira, 06, a chefe da Casa Civil, Márcia Regina, em entrevista durante a primeira reunião entre as equipes de transição do atual governo e do governador eleito Gladson Cameli.
“As atividades de Estado, elas estão mantidas, principalmente aquelas de atenção básica em educação, saúde e segurança pública. Essas não sofrerão qualquer descontinuidade na prestação de serviço”, garantiu.