A avalanche Bolsonaro é uma resposta direta e objetiva contra o politicamente correto e o cansativo discurso de vitimização da chamada esquerda brasileira, aquela que se autoproclama detentora do bem, dona das causas sociais e fundadora da proteção aos excluídos.
O protagonismo do candidato do PSL é impulsionado por um viés contrário a ele, gente patrulhadora que censura e generaliza na crítica.
O candidato do PSL obteve no primeiro turno das eleições, 49.276.897 votos, o equivalente a 46% dos votos válidos. Seriam todos esses cidadãos, xenófobos, homofóbicos, torturadores e racistas? Não, é claro não, embora alguns dos pregadores da esquerda iluminados em sua própria caverna considerem “fascistas” qualquer coisa contrária a eles.
O fato é que o cidadão comum brasileiro não está nem aí para debate ideológico ou coisas como o tal #EleNão, campanha propagada por uma certa elite artística e intelectual que vive numa bolha e em nada representa a classe trabalhadora. E a maioria esmagadora do eleitorado que foi às urnas no último dia 07 e retorna em 28 de outubro está preocupada mesmo é em pagar suas contas no final do mês.
Bolsonaro encarna o sentimento do cidadão que não guarda segredo ao dizer que “bandido bom é bandido morto”, que não aceita sob hipótese alguma remuneração para família de sujeitos presos quando a família da vítima permanece desassistida pelo Estado. Mais que o sentimento em si, o cidadão não quer ser censurado em sua indignação.
O surgimento do fenômeno tupiniquim é similar ao que ocorreu nas eleições presidenciais norte-americanas há dois anos, embora Bolsonaro e o magnata Trump sejam bem diferentes na configuração biográfica. A bolha intelectual estadunidense, que vive, à semelhança da intelectualidade brasileira, em um mundo paralelo ao do cidadão comum e assalariado, ainda não engoliu a eleição do republicano.
Cada “porra!” de Bolsonaro confirma seu favoritismo.