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De olho nos cargos federais, petistas do Acre abraçam a campanha de Haddad

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Apesar de amargar a pior derrota eleitoral e praticamente ter sido varrido do cenário políticos do Acre, o Partidos dos Trabalhadores (PT) ainda não desceu do palanque eleitoral e mantêm a esperança de sobrevida numa hipotética vitória do candidato à Presidência da República, Fernando Haddad. Aboletados há 20 anos nos rentáveis cargos comissionados e acostumados com o conforto das benesses da poderosa máquina do Estado, os petistas procuram culpados para o estrondoso fracasso eleitoral que resultou apenas na eleição de dois deputados.


A luz no fim do túnel para quem não se reciclou e investiu o que ganhou em formação técnica, acadêmica ou em imóveis é o triunfo do afilhado do ex-presidente Lula, que comanda todos os passos da campanha de Haddad de dentro da cadeia, garantiria, em tese, a estrutura dos cargos federais no Acre para acomodar parte dos desamparados companheiros que se apegam com unhas e dentes no candidato que seguindo o exemplo de Marcus Viana, abandonou as cores do PT e o nome de Lula e agora usa verde e amarelo.

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Os oposicionistas (que a partir do próximo ano serão situacionistas) amargaram 20 anos de surras nas urnas. As coisas começaram a melhorar no momento em que a turma de MDB, PP e companhia tiraram os petistas da estrutura do governo federal. Com os cargos federais nas mãos, o PT poderá conseguir o mínimo de estrutura para tentar enfrentar a máquina estatal que estará nas mãos dos partidos de direita a partir de janeiro. Atualmente, os espaços políticos federais são ocupados por indicações de Flaviano, Jéssica, Gladson e Petecão.


Após fragorosa derrota do PT, o governador Sebastião Viana preferiu não fazer comentários sobre o pleito no Estado. O cardeal petista que se gabava de ser padrinho político do candidato derrotado Marcus Viana, passou a comandar nas redes sociais a campanha de Fernando Haddad, numa clara demonstração que o presidenciável que segue as orientações de Lula, poderá ser a tábua de salvação do petismo no Acre. O único obstáculo para chegar nas novas “tetas” é Bolsonaro. Será que é melhor a ‘companheirada’ Jair se acostumando?


O polêmico contratado das quentinhas do presídio



O vice governador eleito Major Rocha (PSDB) disse ao blog que conversou com o governador eleito Gladson Cameli (Progressistas) e decidiram rever a questão do contrato de fornecimento de refeições para os presídios de Rio Branco. Rocha afirma que o contrato empresa Tapiri Indústria e Comércio de Alimentos Ltda, se arrasta há 20 anos, e teria claros sinais de superfaturamento. “Uma marmita é fornecida a R$ 9 – preço bem acima do que é praticado do mercado”, destaca o Tucano. Ele destaca que a empresa se beneficiando com a estrutura do Estado.


“A empresa utiliza o espaço do presídio para produzir as refeições, não paga energia e ainda conta com a mão de obra de alguns presidiários. Mesmo com a obrigatoriedade de realização de licitação a cada cinco anos, a Tapiri, se mantém absoluta há mais de 20 anos, como a única empresa que atende as exigências do edital elaborado pela administração petista. Afinal, quem poderia oferecer uma estrutura de cozinha e depósito, dentro do presídio, além da mão de obra dos detentos que trabalham pela redução de pena?”, questiona Major Rocha.


Rocha nega que fará caça às bruxas
A auditoria que acontecerá nas principais pastas do governo não será uma caça às bruxas. Pelo menos é que garanta Rocha. Ele afirma que a medida é necessária para detectar possíveis falhas das administrações petistas. “É uma garantia para nós que estamos entrando para administrar o Estado nos próximos quatro anos, mas também poderá ser um atestado de inidoneidade para os gestores do PT que alegam que sempre trataram com zelo o dinheiro público. A auditoria não é nenhum tipo de perseguição a quem quer que seja”, diz Rocha.


Máquina inchada
Rocha ressalta que as últimas administrações incharam a máquina e ultrapassaram o limite prudencial de gastos com pagamento de pessoal. O tucano acredita que foi a saída para os governos do PT se manterem no poder. “A ordem é enxugar a máquina. Não adianta nenhum aliado chegar e pensar que vai permanecer a farra de cargos. Nos elegemos com a proposta de mudar o modelo praticado pelos governos petistas. Não vamos começar errando, nosso objetivo é administrar bem e não contribuir com uso da máquina para fins políticos”.


Apenas um eleito entre 11 secretários candidatos



Animados com o sucesso de ex-secretários na disputa eleitoral de 2014, 11 secretários da gestão Sebastião Viana, do PT, se afastaram para concorrer a mandatos na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e Câmara dos Deputados, mas desta vez o resultado foi desastroso para os membros do primeiro escalão. Apenas um dos 11 conseguiu êxito. Edvaldo Magalhães (PCdoB) foi o único do seleto grupo de apadrinhados políticos de Sebastião, que vai ocupar um das 24 cadeiras de deputado estadual. Glenilson Figueiredo, Rafael Almeida, Pedro Longo, Cristovam Moura, Emylson Farias, Gemil Júnior, Sibá Machado, Henry Nogueira, Silvia Monteiro e Fernando Melo, viraram marinheiros da balsa.


De volta ao batente na UFAC
Os professores afastados da Universidade Federal do Acre (Ufac) que ocuparam cargos no primeiro escalão das administrações petistas e passaram longos 20 anos longe das salas de aula, já iniciaram o passo a passo burocrático para voltarem ao batente. A fila será puxada pelo governador Sebastião Viana, que terá a companhia de Francisco Nepomuceno (o Carioca), Nilson Mourão, Edgar de Deus e Raimundo Angelim.


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