Os militares saíram fortalecidos das eleições 2018 no Acre e em nível nacional. A avaliação é do presidente da Associação dos Militares do Acre (AME), o sargento Joelson Dias.
Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, houve um aumento de 18 para 73 no número de policiais e militares eleitos para o Legislativo [Assembleias nos Estados, Senado e Câmara] nas eleições deste ano em relação ao pleito de 2014.
No Acre, o sargento Cadmiel Bonfim, do PSDB, apoiado pela Polícia Militar foi eleito deputado estadual com 3.637 votos.
A vitória de Major Rocha, vice de Gladson Cameli, governador eleito, também tem um enorme significado para a instituição que nos últimos anos foi maltratada pelo governo de Sebastião Viana. Rocha, aliás, apoiou no PSDB e entre a categoria o seu colega de farda, o sargento Cadmiel.
“Os militares, tanto a PM quanto o Corpo de Bombeiros, saíram mais fortalecidos. Com o sargento Cadmiel Bomfim, reconquistamos uma cadeira na Assembleia Legislativa e conseguimos ter um major, no caso, o major Rocha, como vice-governador. Tivemos também nesse pleito a participação maior de familiares de militares. Mara Rocha, esposa do coronel Gripp do Corpo de Bombeiros e irmã do deputado Major Rocha, conseguiu se firmar como a mais votada do Acre para a Câmara Federal”, diz o presidente da Associação dos Militares.
Joelson Dias lembrou ainda do Coronel Ulysses Araújo (PSL), candidato derrotado ao governo do Estado do Acre, que teve bom desempenho nas eleições, elevou o debate sobre segurança pública e foi um autêntico candidato de farda no pleito eleitoral.
“Também tivemos militares e parentes de militares que, mesmo não ganhando as eleições, fizeram excelente participação nestas eleições como foi o caso do coronel Ulysses Araújo e Minoru Kinpara, além de outros candidatos que possuem potencial para se firmar na política em futuro próximo.”
O presidente da AME acredita que a robustez política da instituição é um enorme passo para que a categoria tenha mais representativade nas mesas de negociações com o governo a partir de 2019.
“Em uma mesa de negociação, três fatores são importantes. Primeiro, vontade política. Segundo, disponibilidade financeira e, terceiro, possibilidade jurídica. Nas últimas negociações, nos esbarramos no primeiro desses pontos. Acreditamos que será possível, através de nossa representatividade no executivo, trabalhar melhor, com mais clareza e sinceridade esses três pontos. Acreditamos que com Mara Rocha, sargento Cadmiel Bomfim e com os demais parlamentares militares, a pauta da segurança pública será tratada com a devida atenção nos parlamentos.”