A pouco mais de dois dias para os acreanos depositarem seus votos na urnas espalhadas no 22 municípios do Estado, os advogados dos candidatos ao governo do Acre, Gladson Cameli (Progressistas) e Marcus Viana (PT) terão mais trabalho que em todo o desenrolar da pré-campanha e campanha dos últimos meses para combater a “guerra” de ‘fake news’ e posts ofensivos aos principais concorrentes ao cargo de chefe do executivo que está nas mãos de petistas há mais de 20 anos.
Enquanto os candidatos do Acre gravam seus últimos programas para o horário eleitoral, cumprem seus últimos compromissos da agenda da campanha e usam todos os espaços possíveis de entrevistas em programas de rádios e TVs, apoiadores e militantes são protagonistas de uma disputa no mundo virtual, usando aplicativos de troca de mensagens, redes sociais na guerra subterrânea para tentarem desqualificar candidatos, através de montagens e ‘fake news’.
Como de praxe, os ataques e ofensas partem de autores não identificados e viralizam na internet numa velocidade que se torna difícil de a Justiça Eleitoral combater a prática. A última denúncia que chegou ao MP Eleitoral foi sobre a manipulação de conversas do aplicativo Whatsapp. Uma delas tenta atribui ao candidato Gladson Cameli, um bate-papo sobre fraude nos números de pesquisas e até afirmar que o progressistas teria ingerido bebida alcoólica antes do debate.
O petista Marcus Viana não escapa dos contra-ataques de simpatizantes de Cameli. O Facebook foi o principal instrumento para a militância de oposição devolver as provocações. Algumas pessoas citam os escândalos dos desvios da Emurb e no Deracre, casos que Marcus Viana estaria sendo investigado por suposta participação. Outras pessoas despejam memes com o tema de acordar cedo e ser processado porque trabalha, defendidos pelo candidato do PT.
Atônitos com a enxurrada de ofensas nas redes sociais, os advogados da campanha dos candidatos ainda estão analisando o que fazer para coibir as notícias falsas e os crimes contra a honra praticados contra Gladson Cameli e Marcus Viana. É provável que os ataques se intensifiquem até horas antes da votação, já que muitas pessoas acreditam que é possível reverte o resultado das pesquisas com ofensas e fatos falsos para manchar a imagem dos postulantes.