Neste sábado, 08 de setembro, a educação é destaque no mundo inteiro devido ao Dia Internacional da Alfabetização, instituído em 1966, durante a 14ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Celebrada há 51 anos, a data tem como tema deste ano a “Alfabetização e desenvolvimento de habilidades”, com destaque para o impacto das constantes inovações tecnológicas no processo de aprendizagem.
De acordo com a UNESCO, as aptidões tradicionais de letramento (alfabetização) e numeramento (educação matemática) são insuficientes no cenário de transformações intensas. “Acessar a aprendizagem ao longo da vida, aproveitar as vias entre diferentes formas de formação e se beneficiar de mais oportunidades para mobilidade tornou-se, portanto, indispensável”, destaca a organização. Simultaneamente, ressalta que trata-se de um desafio preparar jovens e adultos para empregos que passam a demandar novas habilidades ligadas inclusive às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
Os números relativos à alfabetização mundial chamam a atenção e geram reflexões sobre a comemoração da data em todo o mundo. Atualmente, são mais de 750 milhões de jovens e adultos sem saber ler e escrever. Mulheres correspondem a 505 milhões do total. Já entre crianças e adolescentes, 617 milhões não desenvolveram aptidões mínimas e mais de 260 milhões não possuem matrícula em instituições de ensino.
Ideb e a alfabetização
Na última segunda-feira, 03 de setembro, mesma semana da comemoração do Dia Internacional da Alfabetização, os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foram divulgados. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 71,5% das escolas (131,6 mil) oferecem alguma etapa do ensino fundamental.
Os anos iniciais do ensino fundamental são ofertados por 115,4 mil escolas e têm 15,5 milhões de alunos. Nesta etapa, o Ideb alcançou 5,8 pontos – um total de 0,3 acima da meta estipulada. Apenas o Amapá, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul não obtiveram a nota necessária.
Já nos anos finais, são 12 milhões de matrículas. No Ideb, foram alcançados 4,7 pontos em 2017. Apesar de 23 unidades federativas melhorarem o desempenho, apenas sete cumpriram a meta: Rondônia, Amazonas, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso e Goiás.
O ensino médio é oferecido em 28,6 mil escolas no Brasil, com 89,7% localizadas na zona urbana e 10,3% na zona rural. Ao todo, foram realizadas 7,9 milhões de matrículas, com 77,4% no período diurno (matutino e vespertino). Nesta etapa da educação básica, o Ideb cresceu 0,1 ponto e alcançou 3,8 pontos em 2017. O número ficou distante da meta estipulada (4,7) para o respectivo ano.