O governador Sebastião Viana (PT) escolheu esses dias que sucedem o início oficial da campanha eleitoral para dar uma folga a sua caneta palaciana.
Desde a semana passada, os decretos do petista ficaram reduzidos de forma significativa. Nas edições do “Diário Oficial”, nas partes destinadas aos atos de seu gabinete, há pouquíssimos atos, a maioria referente a nomeações e exonerações de cargos de confiança.
Mesmo assim muito poucas, incapazes de preencher uma folha inteira. Antes do início das eleições, o cenário era inverso. A troca de cadeiras nos cargos de livre nomeação ocorreu de forma célere antes dos prazos estabelecidos pela legislação eleitoral como forma de assegurar apoios dos partidos da Frente Popular ao candidato Marcus Viana (PT).
Um dos decretos mais emblemáticos foi a demissão de parentes do ex-deputado Élson Santiago, que até os 45 do segundo tempo estava acomodado no governo petista, mas que virou a casaca e debandou para o lado do candidato Gladson Cameli (PP).
Após o início da campanha, o governador teve seus atos limitados pela própria legislação eleitoral. Em fim de mandato, o petista tem tido uma atuação mais discreta nos últimos dias. Seu principal entusiasmo é com a candidatura do ex-presidente Lula, preso desde abril em Curitiba.
A perspectiva é que a partir das próximas semanas suas agendas externas sejam intensificadas como forma de expor feitos governamentais que possam, de alguma forma, resultar em dividendos eleitorais para Marcus Alexandre, que até o momento figura em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto.