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Ney Amorim e Petecão oram na mesma igreja por paz convivendo em guerra política

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O pastor orou, cantou os três hinos da Harpa Cristã e leu o Salmo 133: “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!”. Fechou a Bíblia. A essa altura do culto, Ney e Petecão, candidatos ao Senado em lados os opostos, quebrantados, estavam de mãos levantadas orando. Entre eles, uma missionária consagrada pela mídia local como bispa, intercedia sabe-se lá por quem.


Ney e Petecão são da ala dos políticos ecumênicos do Acre. Para assuntos entre evangélicos, ambos possuem seus manuais de comportamento, espécie de lição bíblica de discipulado com regras sobre como e quando levantar as mãos, momento adequado para orações e louvores e até eventuais lágrimas (quebrantamento, na linguagem cristã). É que ambos tem pastores como assessores. Ney é assessorado pelo pastor Ferreira, da Assembléia de Deus; Petecão tem como assessor o pastor Bezerra, da Igreja do Evangelho Quadrangular.


Era aniversário do pastor Valter José, presidente da Assembléia de Madureira. Culto de ação de graças, como dizem no meio cristão.

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O irmão Ney desejou ao pastor: “Que Deus derrame muitas bênçãos, querido amigo, que você seja feliz e que possa seguir firme neste caminho de evangelização”.


Já o irmão Petecão, de cabeça baixa, só registrou sua presença no culto.


Mas o que os dois candidatos foram fazer no culto?… Orar pelo pastor? Não. Foram pedir paz? Também não. Por quê? Porque a aparição de dois políticos de lados opostos no mesmo ambiente, ainda que aparentemente santo, promove guerra entre aliados.


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