O governador Sebastião Viana (PT) descerá as escadarias do Palácio Rio Branco no dia 1º de janeiro de 2019, deixando de cumprir mais de 90% das suas promessas da campanha de reeleição em 2014. É o que aponta levantamento realizado pelo portal de notícias G1, com base nas propostas do petista registradas em seu plano de governo e em entrevistas e debates.
Das 27 promessas do governador, apenas duas de fato saíram do papel. A mais óbvia foi a entrega das obras de manutenção da BR-364, no trecho entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul, para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).
Após 16 anos de insucesso dos governos petistas de manter a rodovia em boas condições de tráfego e com sucessivas denúncias de corrupção nas obras, o Estado se viu obrigado a repassá-la para o órgão federal.
O outro feito de Sebastião também se deu na área de infraestrutura, com a pavimentação das vias de acesso aos municípios de Feijó, Tarauacá e Porto Acre. Porém, a grande maioria das propostas para este setor ficou apenas no campo das promessas.
Se de fato tivessem sido executados, tais investimentos teriam resultado em benefícios para a população. Entre eles estaria a urbanização da rodovia AC-405, que liga Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, via com tráfego intenso entre as duas cidades do Juruá. Ainda na região, Sebastião não cumpriu a promessa de construir a ponte entre Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves, problema que já foi reportagem de ac24horas.
Das três promessas para a segurança, o atual governo cumpriu, em partes, apenas uma, que foi a reforma do Presídio Francisco D’Oliveira Conde. As de construir a central de penas alternativas e a 6º Regional de Polícia caíram no esquecimento.
Das promessas para a economia, Sebastião Viana não cumpriu uma sequer, que incluíam a construção da Ceasa de Cruzeiro do Sul, uma fábrica de luvas em Xapuri e a construção do complexo industrial florestal de Tarauacá.
Em seu plano de governo na busca pela reeleição, o governador petista prometia ampliar a fábrica de preservativos de Xapuri, a Natex. A seis meses do fim de seu mandato, o empreendimento demitiu todos os funcionários e fechou as portas.
Clique aqui e veja mais
http://especiais.g1.globo.com/acre/2015/as-promessas-de-tiao-viana/#!/3-anos-e-meio