O líder da oposição na Câmara de Vereadores, Roberto Duarte (MDB), disse durante discurso na tribuna da Casa na manhã desta quinta-feira, 21, que o governo de Sebastião Viana “não serve pra porra nenhuma”. Após a citação, o vereador pediu a taquigrafia da Câmara que retirasse o termo “porra nenhuma”. Sem jeito, o presidente do Legislativo, Pastor Manoel Marcos (PRB), solicitou que a palavra não fosse registrada.
O termo “porra nenhuma” foi usado por Roberto Duarte em resposta ao líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Daniel Zen, do PT. O petista teria dito em discurso no Legislativo Estadual que o vereador emedebista estaria escondendo a visita do presidenciável do MDB, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que visita o Acre nesta quinta-feira.
“Líder do governo, vá cuidar da sua vida. Vá cuidar da saúde do seu governo, da segurança do seu governo. Esse seu governo não serve pra porra nenhuma.”
Roberto Duarte disse ainda que não está escondendo a visita de Meirelles e afirmou que vai decidir seu candidato à Presidência da República após a convenção do MDB.
Vereadores descumprem Regimento Interno
Palavras de baixo calão ou ofensas são proibidas pelo Regimento Interno da Casa. Apesar da proibição, os parlamentares passam dos limites em seus discursos. Nesta quarta-feira, N. Lima chamou os vereadores do PT de participantes de “facção”. Em resposta, o petista Rodrigo Forneck afirmou que o oposicionista é “desqualificado” e igual ao “deputado João Plenário da Praça é Nossa” e que “só sabe berrar”.
Há dias, o comunista Eduardo Farias se dirige a Roberto Duarte chamando-o de “Rei Sol” afirmando que o vereador quer ser o centro das atenções na Casa. Já o emedebista apelidou o vereador do PC do B de “Professor de Deus”.
Ontem, Eduardo Farias sugeriu à vereadora Lene Petecão (PSD) uma orientação psicológica para tentar compreender alguns assuntos e informações debatidos na Casa.