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Os desafios do velho Boca

Disputou quase todas as eleições para governador e prefeito da Capital. Em todas bateu na trave com votações altas e além das expectativas. Mas o seu maior desafio está na eleição deste ano em que disputa uma vaga de deputado federal, que ao contrário de candidaturas majoritárias, o candidato tem que se virar só, conquistando cada voto. Tem a seu favor ser um nome de mãos limpas, um cidadão honrado, mas tem como obstáculo estar numa coligação que pode ser considerada fraca e que para ter sucesso precisa que ele venha a obter uma votação estimada entre 35 a 40 mil votos. Vai ter estes votos? É uma grande dúvida. Será a grande cartada da sua vida. Se vencer volta ao cenário com força. Se perder, desaparece. Mas como se trata do velho Boca (foto), um político de sete fôlegos, não é bom duvidar dele.


NEM SEMPRE UM BOM NEGÓCIO
O governador cumpriu um bom primeiro mandato. Neste segundo mandato está muito longe de manter o mesmo pique, seja por causa da crise econômica no seu auge ou mesmo pela belicosidade e acomodamento. Isso mostra que a reeleição nem sempre é um bom negócio.


CIDADE VIOLENTA
Cruzeiro do Sul em pouco tempo virou uma das cidades mais violentas do Estado. Não muito distante era famosa por ser pacata, pelas suas belezas naturais, e hoje a sua principal referência é a violência urbana, com decapitações e roubos virando o seu cotidiano.


BOATO SEM SENTIDO
Pelo que a coluna apurou, não procede o boato de bastidores de que, o Coronel Ulisses Araújo (PSL), recuaria para apoiar a candidatura do Gladson Cameli (PP) ao governo. Não faria sentido uma desistência depois de tantas confusões que enfrentou para manter a sua candidatura em pé.


NÃO É TÃO FÁCIL
Olhando a relação de candidatos a deputado federal da coligação PDT-PMB-PSDC, eu não comungo com a euforia do presidente do PDT, Luiz Tchê, de que a aliança elegerá dois nomes para a Câmara Federal. Deve ficar muito contente em eleger um parlamentar. E trabalhando!


CAMPANHA Á MODA ANTIGA
O senador Jorge Viana (PT) tem feito uma campanha à moda antiga fazendo novas visitas ás comunidades por onde já passou várias vezes durante os  mandatos que já cumpriu. Jorge é talvez dos políticos acreanos o que mais conhece o Acre de ponta à ponta. Isso conta.


BUSCANDO VAGA
Na última eleição municipal por pouco não se elegeu vereador, ficou com uma primeira suplência, e agora busca um mandato de deputado estadual. José Afonso (PSDC), experiente, disputa bem na coligação de nanicos por onde tentará chegar na ALEAC.


ZONAS PROIBIDAS
Sobre uma matéria que relaciona 20 bairros onde donos de lanchonetes recusam pedidos por temor de assaltos, acrescento que este pavor se estende também aos taxistas e mototaxistas, que recusam corridas a estes locais, que viraram uma espécie de zonas proibidas.


CASAMENTO NO NOME
O casamento de votos dentro da oposição na chapa Sérgio Petecão(PSD)-Márcio Bittar (MDB) acontece apenas nos atos políticos para o público externo,porque nos bastidores e cada um cuidando de si. Essa história de fazer campanha casada só acontece em contos de fadas.


É MUITO NATURAL
É natural que na prática a simbiose de campanha casada para o Senado não ocorra. Há setores que apóiam, por exemplo, Sérgio Petecão (PSD) a senador e estão também com a candidatura do Ney Amorim (PT). Vai chutar o apoio? Jamais! Na política só vale quem tem mandato.


PERDE A DISPUTA
O ex-deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) não desiste de levar avante a tese de que o PT tem que se coligar com o PCdoB para deputado estadual. Só que o PT tem uma chapa completa e para isso ocorrer teria que cortar candidatos. Difícil! Acho que o Magalhães perde a disputa.


ESQUEMA DE SENADO
Da coligação PT-PCdoB-PSB para a Câmara Federal nenhum dos candidatos terá estrutura mais sólida de apoios do que o deputado federal César Messias (PSB). Tem sua tradicional base no Juruá, será apoiado pela prefeita de Rio Branco, Socorro Nery, por prefeitos do interior e terá um partido inteiro trabalhando para ele. É um esquema de candidato ao Senado.


GEMIL JUNIOR
O ex-secretário de Saúde, Gemil Junior, esta na cota dos candidatos a deputado estadual com qualificação para exercer um mandato com competência. É bom ver pessoas preparadas disputando mandatos eletivos, num tempo em que pelos maus políticos, a política é execrada.


SEM MEDO DE ERRAR
Pelos nomes que estão postos na região do Alto Acre para deputado estadual não tenho o menor temor de dizer que disparada a mais votada será a deputada Leila Galvão (PT).


AGENDA APERTADA
Quem cumpriu uma agenda apertada com muitas reuniões na região Envira-Juruá foi o candidato ao Senado, Gladson Cameli (PP). Em Feijó visitou de comunidades indígenas aos bairros da cidade. Uma observação ouvida de um deputado da oposição: “o Gladson já melhorou num ponto, o de escutar todos os que querem falar e sem pressa de se ausentar”.


FACETAS DIFERENTES
O governador não mente quando diz que a falta de fiscalização das nossas fronteiras por parte do governo federal, que é seu dever, colabora com a entrada de armas e droga e contribui para a violência. Mas não se pode jogar tudo nas costas do Temer. Tivemos duas décadas de governos petistas com Lula, Dilma, no Planalto, e nem por isso o panorama mudou. A questão, portanto, não pode ser politizada, como se o desastrado Temer fosse o responsável por tudo.


CHAPA COMPETITIVA
A aliança DEM-PSDB para a disputa de deputado estadual anunciada e que a coluna antecipou há semanas é de fato competitiva. Tem nomes como os deputados Luiz Gonzaga, Antonio Pedro, Francineudo Costa, ex-vice prefeita Branca, vereador Célio Gadelha, entre outros. Com chance de eleger dois. Eleger quatro fica por conta dos tucanos exagerados.


NÃO RECUAM
Embora com o MDB pressionando, os dirigentes da aliança PTC-PSC-PMN-PPS e possivelmente SOLIDARIEDADE decidiram e não vão recuar de ter chapa própria para a Câmara Federal. E não estão errados, no chapão sonhado pelo MDB, seriam meros coadjuvantes do processo.


ACABOU A FEITORIA
O MDB, que sempre agiu com os demais partidos como um Feitor de Senzala, nesta eleição perdeu tudo que impôs. Perdeu a indicação do vice do Gladson Cameli, forçou uma aliança com o PP para estadual e foi rechaçado e teve rejeitada sua tese de um chapão para Federal.


NÃO ACUSOU O GOLPE
O deputado Gehlen Diniz (PP) não acusou o golpe ao perder o apoio do prefeito de Sena Madureira, de quem foi um ferrenho cabo-eleitoral na campanha municipal. Ampliou a sua base política com outros segmentos e está na disputa pela reeleição com chance matemática.


SORTE DO PT
O PT tem sorte em ter o ex-prefeito Marcus Alexandre (PT) como seu candidato a governador. É que o partido não tem um nome de menor desgaste e nem de mais densidade eleitoral do que ele. Não fosse o Marcus candidato, a eleição não estaria equilibrada, a passagem para Manacapuru já estaria comprada antecipada pelo PT.


SENSAÇÃO DE IMPUNIDADE
A Associação dos Magistrados diz que os seus membros não são responsáveis pela violência no Acre. É verdade! Nem se discute. Mas a decisão de uma Juíza em Acrelândia  (não duvido que bem embasada juridicamente)liberando em uma Audiência de Custódia uma mulher ligada a uma quadrilha e em cujo poder foram encontrados produtos de roubo, reconhecidos pelos donos, criou uma sensação de impunidade. E muito mais por deixar os referidos bens nas mãos da acusada. Os que tiveram seus bens roubados vão confiar em quem daqui em diante? Isso criou também um desestímulo à ação dos policiais que trabalharam neste caso, que virou manchete esta semana na imprensa. São fatos como estes que a sociedade não entende. Eu não estou discutindo a legalidade da decisão, mas os reflexos que geraram na opinião pública.


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