Pelo menos um milagre a Marcha Para Jesus operou: juntou na mesma caminhada, oposição e governo; petistas, democratas, emedebistas e pedetistas. É o milagre que o voto opera.
Roberto Duarte (MDB), N. Lima, Lene Petecão (PSD), Artêmio Costa (PSB), Manuel Marcos (PRB), Marcus Viana (PT), Bocalom (DEM), Emylson Farias (PDT), Ney Amorim (PT), Jonas Lima (PT), Coronel Ulysses, Antônia Lúcia (PR) e Alan Rick (DEM), figuras que vivem da agressão mútua o tempo todo, ontem oraram, levantaram as mãos, louvaram e receberam a garantia de que continuarão cada um em seu céu, aquele proporcionado pela vida pública. Já o outro céu, pelo menos dizem os cristãos e similares, esse não possui compartimentos.
Postura exemplar dos organizadores
Enfim, o palco da Marcha Para Jesus em Rio Branco não foi usado para campanha política eleitoral como ocorria sempre em anos anteriores, ao contrário, o que se viu, pelo menos por parte dos organizadores, foi um esforço para que o evento não fosse usado de forma politiqueira.
Quando pegou o microfone na noite de ontem na Arena da Floresta, o apóstolo Ildson Viana Barbosa, integrante da Associação dos Ministros Evangélicos do Acre (Ameacre), chamou todas as autoridades presentes para uma oração, incluindo o Judiciário. Políticos da oposição e situação subiram ao palco da Marcha, no estacionamento da Arena da Floresta, e receberam a intercessão.
“A palavra de Deus diz que nós temos que orar por todas as nossas autoridades. A Bíblia diz que se nós fizermos isso nós estamos sendo abençoados. Independente de partido, independente de cor partidária”, lembrou o líder religioso.
Já entre a multidão, durante a caminhada, que começou na avenida Getúlio Vargas, no Centro de Rio Branco, e terminou na Arena da Floresta, os políticos presentes, cada um ao seu modo, se comportaram como sempre: aperto de mão, abraço, aceno e foto.