O governo do Acre ainda não deu qualquer sinal de interesse pela lei que prevê o realinhamento salarial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e as categorias estão preocupadas com prazos.
Na tarde desta quarta-feira, 28, centenas bombeiros e policiais se reuniram em assembleia na sede do Clube dos Oficiais para deliberar sobre os próximos passos das classes com o objetivo de pressionar o governo pela aprovação e sanção da lei.
O presidente da Associação dos Militares do Acre, Joelson Dias, afirmou que o prazo tanto para aprovação da matéria na Assembleia Legislativa como para sanção governamental é o dia 10 de abril. Ocorre que devido ao desinteresse do governo, o projeto está na geladeira.
Desde janeiro de 2017, a Polícia Militar do Acre e o Corpo de Bombeiros negociam a progressão em letras, à semelhança do que acontece com os professores da rede pública.
As categorias sugerem que essa progressão ocorra durante os 30 de carreira de um policial. A cada três anos e mais experiência em serviço, o militar mudaria de letra. Essa progressão é chamada de realinhamento da carreira, explica Abraão Pupio, do Corpo de Bombeiros.
“A gente percebe que o governo não tem sequer consideração pela Segurança Pública, pelos policiais militares. Infelizmente os telefones dos comandantes estão desligados. Não enviaram nenhuma pessoa pra representar as respostas das tropas para o governo”, afirma Joelson Dias, da Associação dos Militares.
Na assembleia, as duas categorias aprovaram a realização de uma nova manifestação na terça-feira com concentração inicial na frente do quartel da Polícia Militar, no Centro de Rio Branco, caminhada pelo Centro da capital e protesto na frente da Casa Rosada, gabinete oficial do governador Sebastião Viana.