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MDB deu um impulso e tanto para a candidatura do Coronel Ulysses

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Nesse puxa e encolhe com a candidatura ao Governo do senador Gladson Cameli (PP) o MDB acabou por beneficiar um outro nome colocado no tabuleiro da disputa. O Coronel Ulysses (Sem Partido) foi quem mais ganhou com essa confusão toda. Chegou a participar de uma reunião na casa da deputada estadual Eliane Sinhasique (MDB) e ser sondado para uma “parceria” com o MDB que escolheria o seu vice. Ele passou a ser uma espécie de plano B do partido, no caso de um rompimento definitivo com o Gladson. Para quem estava no seu canto tocando a sua pré-campanha com partidos pequenos o Ulysses se deu muito bem. O seu nome ficou em destaque na mídia e deve ter atraído a atenção de quem não levava a sério a sua candidatura. Assim, sem esforço nenhum.


Impeditivos
Tudo não passava de um jogo do MDB para indicar o vice do Gladson. Porque jamais o diretório do MDB nacional aceitaria que a regional do Acre apoiasse uma candidatura ligada ao presidenciável Bolsonaro (PSC). Na verdade, o MDB trabalha por um nome de centro direita ao Planalto que pode ser até mesmo o do atual presidente da República, Michel Temer (MDB).


Impeditivos 2
Um outro aspecto do apoio do MDB ao Ulysses que seria complicado. Ele deixaria  de ser o candidato do Bolsonaro para ser o do Temer? Os seus eleitores certamente ficariam decepcionados se isso acontecesse e abriria uma “brecha” para um outro nome surgir apoiando o Bolsonaro no Acre.

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Aviso dado
Assim que saiu a nota do MDB ameaçando abandonar a candidatura do Gladson escrevi que era um “blefe”. Não deu outra. Tudo não durou nem 24 horas. Todos fumaram o cachimbo da paz muito rapidamente. Agora, resta saber como os eleitores entenderam essa confusão toda.


Bocalom “furioso”
Conversei com o Bocalom sobre essa confusão toda. Ele sentenciou: “Estou muito chateado porque o MDB usou o Ulysses, o Bocalom e o DEM. Eu avisei o meu pessoal para não participar dessas reuniões com o MDB que só tinham o objetivo de pressionar o Gladson. Isso que eu chamo de política da enganação. Por isso, os eleitores não confiam mais em políticos e acham todos ladrões e enganadores. Mas a gente tem uma proposta que está crescendo no gosto do eleitorado e vamos surpreender ganhando essa eleição com o Ulysses,” disse Bocalom.


Debandada
O Bocalom está indo nesses dias à Brasília para conversar com Diretório Nacional do DEM. Mas pela conversa que tive com ele não está muito esperançoso de manter o partido nas suas mãos. Ele me garantiu que tem chapas fortes para deputados estaduais e federais e, caso saia do DEM, todos irão para o novo partido a ser escolhido.


Prefeitos “rebeldes”
Uma outra informação que recebi ainda no calor da nota do MDB abandonando a candidatura do Gladson. Os prefeitos do MDB fariam um manifesto contrariando a decisão do diretório de Rio Branco. Eles manteriam o seu apoio ao Gladson. Ia ser um espatifado doido.


O último a saber
Uma fonte me garantiu que o conselheiro do TCE, Valmir Ribeiro, não teve ainda nenhuma conversa oficial sobre essa questão de vice. Não foi nem procurado. Portanto, não está postulando nada. Mas quando indaguei da possibilidade dele aceitar o convite, caso seja feito, a fonte me disse que poderia aceitar se as coisas fossem claras e sem confusão. Essa segunda parte que acho difícil.


Impressões digitais
Nessa história toda do MDB com o Gladson acredito que tenha as digitais do pré-candidato ao Senado Márcio Bittar (MDB). Primeiro aqueles áudios que vazaram em que Bittar fala o que realmente pensa sobre a candidatura do Gladson. Depois o Bittar não aceitaria estar numa chapa em que o seu “desafeto” deputado federal Major Rocha (PSDB) teria a sua irmã, Mara Rocha (PSDB), como vice. A sensação é de que Bittar está dando as cartas dentro do MDB muito mais do que transparece para o público em geral.


Quem pode mais chora menos
Bittar conseguiu ter um grupo de partidos gravitando a sua volta. Solidariedade, PTB e o PPS estão sob o comando dele. Além disso, conseguiu ter ao seu lado os dois principais caciques do MDB do Acre, deputado federal Flaviano Melo (MDB) e o ex-prefeito Vagner Sales (MDB). Se mete…


Ninho de vespa
Mas essa confusão toda, na minha opinião, ainda está longe de chegar ao fim. Quero ver qual será a reação do Major Rocha quando o Gladson indicar um vice que seja conveniente ao MDB. As bicadas dos tucanos ainda devem causar muitos estragos.


Jogo pessoal da política acreana ignora os interesses da população
Essa discussão de quem serão os candidatos a vice nas chapas que disputarão o Governo do Estado está muito chata. O pior que reflete um aspecto sombrio da política girando em torno de si própria para atender interesses pessoais e não coletivos. É apenas o jogo do poder sem nenhum comprometimento com as causas que realmente interessam as comunidades que vivem no Estado. Num momento delicado que o Acre atravessa com problemas na segurança, na saúde, na educação, na infraestrutura e na geração de empregos perdem tempo com um debate estéril sobre personalidades partidárias. O que vigora são as armadilhas e traições entre os partidos numa disputa insana para ver quem consegue mais poder. São poucos os que levantam propostas, discutem as necessidades das pessoas sem demagogia, porque tudo vira política eleitoral. Quando se critica é com ódio no coração, não para corrigir o que está errado, mas para destruir o adversário. Isso é cansativo e desgastante aos olhos do povo e desmoraliza os políticos. Será que não percebem isso? Basta de tanta vaidade, comecem a se conectar com a verdade de quem vocês representam para poderem prestar um serviço decente ao Estado.


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