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“As forças de segurança do Acre estão entre as que mais prendem e que mais elucidam homicídios no país”, diz delegado Cleylton Videira dos Santos, presidente da Adepol

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As declarações do promotor de Justiça Rodrigo Curti, da 10ª Promotoria de Justiça Criminal da 1ª Vara do Tribunal do Júri, sobre os 461 homicídios que foram registrados até o mês de novembro no Acre, além da taxa de 55,5 homicídios para cada 100 mil habitantes no Estado, números que ele considera pior do que os apresentados em países em guerra, repercutiram entre os delegados de polícia civil. O delegado Cleylton Videira dos Santos, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Acre (ADEPOL) procurou a reportagem de ac24horas para fazer um contraponto sobre os índices da criminalidade levantados por Curti. Videira acredita que a questão do aumento da violência não seja especificamente do Acre, mas de todos os estados brasileiros que sofrem com muitos homicídios motivados pela guerra pelo controle do tráfico de drogas


Segundo Clayelton Videira, o promotor de Justiça fez uma análise pelo próprio ponto de vista do momento de alta nos índices de violência, mas que, apesar das dificuldades, a Polícia Civil vem dando uma resposta positiva ao cidadão. “Infelizmente, o Brasil padece de inúmeros problemas sociais, dentre os quais a violência e a criminalidade são os que mais afligem o cidadão neste momento. Apesar dos esforços envidados pelos órgãos policiais ainda convivemos com índices negativos. Por outro lado, as forças de segurança do Acre estão entre as que mais prendem e que mais elucidam homicídios no país. É bem verdade que houve um aumento substantivo no índice de homicídios. No entanto, esta não é uma realidade apenas do nosso Estado”.


O presidente da Adepol destaca que atualmente acontece um fenômeno nacional, que teria como principal motivo uma luta das facções para controlar as rotas do tráfico nas fronteiras do país. O Acre, estaria entre os principais corredores disputados pelos criminosos. “Em todos os estados federados houve um aumento significativo da violência. Vivemos no centro da guerra do tráfico, pois, além de sermos consumidores de entorpecente também fazemos fronteira com países com fortes laços com o narcotráfico. Desta forma, além da briga pelo controle interno do comércio de drogas ilícitas sofremos as mazelas advindas da busca do controle da fronteira. Não por outra razão o Governo do Estado buscou trazer o debate para esse viés uma vez que o Governo Federal praticamente abandonou as fronteiras”, destaca Cleylton Videira.

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Outra questão levantada pelo delegado é que os tentáculos das facções criminosas estariam espalhados pelas cidades do interior do Acre, da mesma forma que acontece nas demais cidades brasileiras. “A interiorização do crime também é uma realidade nacional. Antes restritas aos grandes centros urbanos, as organizações criminosas estão buscando novos territórios e, com isso, as sequelas da violência e da criminalidade deixam seus rastros sangrentos. Em momentos de crise muito melhor do que polemizar é, por meio do diálogo interinstitucional, buscar alternativas e encaminhar soluções. Alastrar o caos, comparar períodos que, por sua essência, são totalmente diferentes, beira à irresponsabilidade”, ressalta.


Cleylton Videira destaca que os problemas existem, mas as autoridades de segurança do Estado estariam travando uma luta incansável para combater a ação do crime organizado nos 22 municípios do Acre, estabelecendo estratégias, trabalhando com inteligência e organização, além de contar com um efetivo de agentes capacitados e esforçados que trabalham de forma incansável para garantir a segurança da população. “O problema existe e precisa ser enfrentado. Arregaçar as mangas é necessário. Talvez seja necessário sair da zona de conforto e se aliar a quem faz o bom combate diariamente. Fazemos parte de um mundo real, precisamos buscar caminhos novos e o empenho de todos será fundamental para sairmos vitoriosos”, finaliza.


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