O diretor de Marcas, Indústria Geográfica e Desenho Industrial do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), André Ballousier, fará a entrega oficial do selo de Indicação Geográfica da Farinha de Mandioca de Cruzeiro do Sul (AC). A solenidade será realizada na manhã desta sexta-feira, 24, no Auditório do IFAC de Cruzeiro do Sul. A programação tem início às 8h e encerra as 17h30 com uma vasta programação.
A Indicação Geográfica funciona como uma marca. Para os agricultores, significa o reconhecimento do seu produto no mercado e para o consumidor é a garantia de contar com um produto de excelência, genuíno da agricultura familiar amazônica e com procedência acreana reconhecida mundialmente.
Além da entrega do Selo será realizado uma explanação por profissionais do Sebrae nacional e da Embrapa sobre o processo de construção e estudo da procedência da farinha de Cruzeiro do Sul (AC). Em seguida será realizado uma visita técnica a Casa de Farinha do Sr. Rosemir de Queiroz e o encerramento fica por conta do menu degustação com os mais variados sabores e uso da farinha e seus derivados com o chef Jaire Cunha.
Sobre o Selo – Segundo a Analista e gestora do Projeto da Mandiocultura do Sebrae/Ac, Murielly Nóbrega, todo o processo do reconhecimento formal da Indicação de Procedência (IP) que valoriza e identifica a histórica região produtora de Farinha de Mandioca do Vale do Juruá, tradicionalmente conhecida como Farinha de Cruzeiro do Sul, exigiu a construção de um dossiê técnico, no qual ficou demonstrado especificamente a delimitação geográfica, as normas e condições específicas para a padronização da produção da farinha, sistemas de controle, criação do conselho regulador, incluindo ainda comprovação do renome da região como produtora de farinha de mandioca.
Ela explica que o Selo funciona como uma marca e vem atestar um conjunto de valores intrínsecos a esse produto específico do Juruá, com benefícios múltiplos.
“Esse marco histórico para a economia acreana é celebrado por todas as pessoas e instituições comprometidas com esse legado, cujas cooperativas rurais de farinha de mandioca e, consequentemente, seus produtores cooperados, são os maiores beneficiários, visto a valorização de todo esforço e compromisso com um produto de qualidade agora reconhecido em todo o Brasil, humanizando a prosperidade. Então, vamos comemorar essa conquista: a farinha de Cruzeiro do Sul é nossa”, conclui.