Em uma recente reunião fechada com a cúpula da Segurança Pública, secretários da área de Comunicação do governo, presidente do Legislativo, deputado Ney Amorim (PT) e o líder do governo na ALEAC, deputado Daniel Zen (PT), o governador Tião Viana externou o seu descontentamento com os resultados do combate à violência, cada dia crescente, que não correspondem aos investimentos que foram feitos até aqui no setor, mesmo numa crise econômica. Um participante disse à coluna que nunca tinha visto Tião Viana tão resoluto ao cobrar resultados. A fonte destacou que não foi uma crítica aos setores policiais, que estão atuando, mas que foi para exigir mais ações, mais polícia nas ruas. A fonte citou o desmanche do recente esquema de viaturas em postos chaves da cidade, como algo que deveria ter sido mantido. Não é a primeira vez que Tião Viana foi enfático sobre a violência na Capital e interior. Chegou a dizer que vivemos um clima de Medellin no tempo do narcotraficante Pablo Escobar. Uma coisa é certa: a violência é o calcanhar de Aquiles do seu governo. Sem dúvida. Sabe disso e o seu limite de tolerância, ao que indica, chegou ao patamar do insuportável.
AINDA SOBRE O ASSUNTO
Pelo que ouço de dirigentes da oposição, deputados, vereadores, a principal bandeira da campanha do candidato ao governo, senador Gladson Cameli (PP), não será a figura do prefeito Marcus Alexandre, mas será o clima de insegurança em que vive a população. É um tema que será árido para o candidato petista fazer a defesa.
UM ANTEPROJETO DE ALTA RELEVÂNCIA SOCIAL
Este anteprojeto de Lei apresentado ontem pelo deputado Daniel Zen (PT) na Assembléia Legislativa, para a análise do governador Tião Viana, embute uma alta relevância social. “Cria a jornada especial de trabalho de quatro horas diárias para os servidores do Estado que possuem, sob a sua guarda, pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida”, diz o texto básico. Caso seja aprovado, não haverá desconto equivalente na remuneração, ao servidor público estadual da Administração Direta e Indireta, que possuem deficientes sob a sua guarda. São numerosas as famílias de funcionários estaduais que se enquadram neste benefício e que, na maioria das vezes têm de contratar pessoas, com gastos extras, para cuidar do dependente de cuidados especiais por alguma deficiência. A iniciativa do deputado Zen não cabe nem discussão do governo, pela sua alta relevância social, tem de ser aprovada.
DNIT TEM DE EXPLICAR ACUSAÇÕES GRAVES
Não há mais clima para o superintendente do DNIT, Thiago Caetano, deixar de ir se explicar na tribuna da ALEAC, depois das graves acusações feitas ontem pelo deputado Luiz Gonzaga (PSDB), sobre as obras na BR-364. Entre elas, o “serviço porco” entre Tarauacá-Cruzeiro do Sul e, ter arrancado o asfalto em trecho entre Sena Madureira-Tarauacá, para substituir por uma fina camada de 1,5 centímetros de brita, sepultando provas do serviço mal executado pelos governos do PT. “Com pouco tempo depois da obra já tem buracos”, denunciou Gonzaga.
AUMENTA A GRAVIDADE
A denúncia se torna mais grave no momento em que, ela é feita por um parlamentar influente da oposição, não cabendo a acusação de perseguição. E não adianta o superintendente Thiago Caetano ameaçar o parlamentar com uma ação judicial. É inócuo! Podia ir á ALEAC, onde já tem requerimento aprovado, o convidando para falar da BR-364. Pela gravidade do que foi dito ontem, tem de contestar ou tudo que foi apontado pelo parlamentar tucano vira verdade. Até porque foi colocada em xeque a aplicação de recursos federais pelo DNIT. Fato de que sempre a oposição acusou o PT.
O OUTRO LADO DA MOEDA
Após redigir as notas sobre as acusações do deputado Luiz Gonzaga (PSDB) sobre o DNIT, eu recebi um longo áudio explicativo, que me pareceu muito coerente, seguro e sério, do superintendente Thiago Caetano. Não transcrevo na íntegra para não perder a estrutura de notas da coluna. O bojo é dizendo que, todas as etapas dos trabalhos são filmadas e fotografadas e que, as informações são passadas aos órgãos federais competentes. “Não há perda de provas”. Cada centavo gasto é prestado conta. Explica que não houve retirada de asfalto simplesmente, mas o material foi reprocessado e reutilizado. Lembra que não é ainda um trabalho definitivo. Lamenta as acusações não serem baseadas em dados técnicos e promete que em dezembro vai convidar a imprensa, deputados, para mostrar tudo que foi feito, num jogo aberto e transparente. Ponto. Aguardemos até dezembro os novos capítulos.
RSPALDADO PELA NACIONAL
O deputado Luiz Tchê (PDT), que se encontra em Brasília, retorna com o aval da direção nacional para não abrir mão de formar uma chapa com aliados como PSDC-PRB- PODEMOS, para a disputa de vagas de deputado federal. “Não adiantará pressão do PT”, advertiu Tchê.
A CHAPINHA DA CHAPINHA
O caldo engrossa mais, na medida em que, agora surge a chapinha da chapinha, uma coligação puxada pelo presidente Julinho (PRP) numa aliança com PPL-PMB-PSOL-PV-PHS. Também cita o PRB e o PODEMOS, da coligação do PDT. “Não aceitaremos pressão do PT. E o PDT, por ter o vice, não poderá ter chapa para Federal”, sentenciou Julinho. O bolo está formado na FPA.
COMO SÃO TOMÉ
Nesta confusão de chapinhas para Federal estou como São Tomé de ver para crer. Eu tenho alta dose de razão: todas as tentativas passadas não resistiram, a uma pressão do PT.
PROPENSO A ACIDENTES
Não interessa de quem a responsabilidade, se das prefeituras de Brasiléia, Epitaciolândia, do DERACRE ou do DNIT, mas as centenas de crateras no asfalto da BR-317 e as chapas dos pisos laterais da ponte de Brasiléia enferrujados e com buracos, poderá causar sérios acidentes se não reparados. E não adianta ficar naquela ladainha do toma que o filho é teu.
AFINAL DE CONTAS, QUAL É A DO EBER?
Uma hora diz ser candidato a deputado federal pela coligação do PDT, na outra aparece na coligação do PRP, navegando em direções desconexas. Vai acabar disputando a reeleição. Não aposte muito nos votos da Assembléia de Deus, o Pastor Luiz Gonzaga, não tem força política.
VOLTADO PARA A PASTORAL
O Pastor Luiz Gonzaga é mais voltado para a ação pastoral do que para a política partidária.
DEPUTADOS NÃO RESOLVEM
A questão do PRÓ-SAÚDE não se resolve em reuniões na Assembléia Legislativa, mas com uma decisão política do governo. Seria bom, os parlamentares deixarem isso claro aos demitidos.
TESE FURADA
Até o comedido vereador Eduardo Farias (PCdoB) entrou nesta canoa furada de que a ação da PF, tomando o depoimento do prefeito Marcus Alexandre, embute uma perseguição política. Volto a bisar que, bastaria um convite para o depoimento e não uma condução coercitiva. E nem a condução se estender à sua mulher. Mas longe de ser perseguição! Além destes dois episódios, não fiquem criando teorias fantasiosas de uma conspiração gestada. A PF apenas cumpriu ordem judicial. E tudo dentro da legalidade
BEM INTENCIONADA, MAS TEMERÁRIA
O fato do prefeito de Epitaciolândia, Tião Flores, meter máquinas nos ramais do município em plena época invernosa pode estar recheado de boas intenções, mas é temerário porque as chuvas podem destruir o que foi feito. Este tipo de obra é para ser executada durante o verão.
OU VÃO TODOS PARA A RUA
A adoção da Cláusula de Barreira na eleição de 2018 é que está forçando os dirigentes de partidos nanicos a terem chapa própria para deputado federal. Ou lançam candidatos a deputados federais ou perdem a direção partidária. Por isso a reação de não entrarem nos chamados chapões.
UMA PERGUNTA
A FPA ter três chapas para deputado federal ajuda a fazer mais deputados ou é prejudicial? Está é a equação que tem de ser resolvida pelos cardeais da FPA. Pode favorecer de ter mais gente na rua pedindo votos para o candidato ao governador, mas não sei se será bom para a legenda. Esta é a grande dor de cabeça da FPA. Acho que prejudica a legenda, pulveriza votos.
PORTA FECHADA
O presidente do PRP, Julinho, disse ontem que não atenderá nenhum pedido do governador Tião Viana para colocar na sua chapa de deputado estadual o secretário Gemil Junior e o ex-deputado Chico Viga. “Os candidatos não aceitam. E se pressionarem, eu levarei o PRP para a oposição. Não levei uma vez?”, lembrou com a advertência. Não está fácil um chapão único na FPA
FORA DA DISPUTA
O deputado federal Major Rocha (PSDB) nega boatos na oposição que sairia candidato a governador e a irmã Mara Rocha (PSDB) a deputada federal. “Meu candidato é o Gladson e a Mara não será candidata a nada”, garantiu à coluna.
FORA DO CHAPÃO
O SOLIDARIEDADE-PTB-PPS negam entrar num chapão para salvar os dois candidatos do PMDB para a Câmara Federal, Flaviano Melo e Jéssica Sales. Os dirigentes dos nanicos fecharam questão de disputaram vagas de Federal numa coligação dos três. Dor de cabeça para o PMDB.
OS CAMINHO DO PMDB
As chapas do PMDB para a Câmara Federal e para a Assembléia Legislativa, pela incúria e comodismo de sua direção partidária, têm cabeças, mas lhes faltam corpos. Para estadual têm somente Eliane Sinhasique, Roberto Duarte, Meiri Serafim, e Antônia Sales. E para Federal Jéssica Sales e Flaviano Melo. Nos dois casos, precisam urgente completar a chapa ou os seus candidatos darão o tradicional abraço dos afogados. O que chega a ser inconcebível é o partido ter a maior representatividade na oposição e ficar pirangando ajuda de outras siglas para salvar os seus candidatos. O grave é que todos os nomes citados são muito fortes. Quem entrar em uma das duas chapas é para servir de escada. E ninguém está querendo o sacrifício.