Agentes da Polícia Federal estão nas ruas cumprindo 24 mandados de prisão, busca e apreensão contra empresários e servidores públicos da Secretaria de Saúde do Acre. A polícia tenta desarticular um esquema que movimentou milhões e funcionava através de fraudes em licitações.
Dentre os vários crimes investigados, estão a adulteração de cilindros de oxigênio, mediante transvase (quando o produto é transferido para outros cilindros em quantidade menor), sobrepreço em contratos, favorecimento às empresas suspeitas e deficiência nos controles de entrega dos cilindros contratados.
Há ainda a suspeita de um esquema de pagamento de propina envolvendo servidores estaduais. Até o momento, o prejuízo total identificado ao Erário é da ordem de R$ 1.573.301,195. A informação foi confirmada pela Polícia Federal. Esse valor, inclusive, já teve o bloqueio autorizado pelo Poder Judiciário.
Além de Rio Branco, os mandados são cumpridos nos estados do Mato Grosso do Sul e Ceará. A operação conta com o apoio da Controladoria Geral da União.
O secretário de Saúde do Acre, Gemil Júnior, fez contato com a Redação do portal para negar que a operação esteja ocorrendo com as informações apuradas e confirmadas pelo portal. O gestor alega que ninguém foi preso no Acre e que nenhum servidor estaria envolvido com o esquema, nem na Secretaria, nem no Hospital das Clínicas.
“Conversei com o delegado e ele me disse que as prisões foram feitas no Mato Grosso do Sul, não tem nenhuma prisão no Acre. [os agentes] Foram em uma empresa que nem presta serviços mais para a Sesacre, mas não teve nenhuma prisão aqui no Acre”, negou o secretário. A Polícia Federal, contudo, mantém as informações já repassadas pelo portal.
*Atualização às 09h27, para inclusão de informações.