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Até quando os acreanos continuarão isolados do resto do Brasil?

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Já escrevi centenas de vezes que viajar de avião no Acre não é luxo, mas sim uma necessidade. Devido a sua localização geográfica no extremo ocidental do Brasil as distâncias terrestres para os grandes centros econômicos do Centro-Sul são imensas. Então a saída são as viagens aéreas. Mas o preço das passagens praticadas pelas companhias Gol e Latam que operam no Estado são absurdas e proibitivas para um cidadão comum. Na maioria das vezes uma ida e volta para São Paulo, Rio ou Brasília custa mais do que uma viagem de uma dessas cidades
para a Europa. Qual a lógica disso? Obviamente que um trecho aéreo entre o Rio e Paris, por exemplo, é muito maior do que de Rio Branco ao Rio. E por que custa mais caro vir pro Acre? Outra questão, os preços das passagens aéreas de Porto Velho (RO) para o Centro- Sul, que fica a 500 quilômetros da Capital acreana, custam menos da metade. É um absurdo que prejudica enormemente a população do nosso Estado. Tanto no aspecto de integração econômica quanto social e cultural com o resto do país. Que empresa vai querer fazer negócios com o Acre, tipo abrir uma filial, com um custo tão alto de transporte aéreo? E quando alguém por motivos de doença, de negócios ou familiar precisa fazer uma viagem aérea urgente para qualquer lugar fora do Estado? Tem dias que uma simples “perna” de ida para Brasília chega a custar R$ 4 mil, se comprada em cima da hora. Os preços “normais” de uma ida variam na faixa entre R$ 900 e R$ 1.700 nas passagens compradas com antecedência de uma semana a 10 dias. Não tenho dúvida que essa “carestia” é uma exploração aos acreanos, mesmo porque todos os voos estão sempre lotados para Rio Branco ou Cruzeiro do Sul.


Tentativas por via política
O senador Jorge Viana (PT) já bateu nessa tecla várias vezes. Realizou reuniões com as empresas aéreas para tentar mudar esse quadro. Assim como o senador Gladson Cameli (PP) e outros representantes da nossa bancada federal. O próprio Governo do Estado diminuiu o ICMS do valor dos combustíveis da aviação para tentar mudar essa situação, mas tudo continua igual ou até pior.


Desintegração
Mesmo os voos entre cidades amazônicas custa o “olho da cara”. Tem dias que é mais barato viajar de Rio Branco para São Paulo do que para Belém (PA) ou Manaus (AM). Mesmo o trecho para Porto Velho é caríssimo e faltam aviões nessa rota. Como falar em integração econômica regional com uma situação assim? E tente comprar uma passagem da Capital para Cruzeiro do Sul, em cima da hora, para ver quanto custa. Enquanto as empresas aéreas enriquecem os acreanos continuam a sua sina histórica de isolamento.

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Abertura de mercado
O Brasil vive um paradoxo. O país é supostamente capitalista, mas quando interessa tem leis similares ao socialismo. Por exemplo, não quiseram abrir a livre concorrência para empresas aéreas estrangeiras fazerem voos domésticos, o que certamente faria o preço dos bilhetes caírem. Uma reserva de mercado que só beneficia os grandes conglomerados “capitalistas” que continuam a explorar os brasileiros.


A hora da união
Está na hora de deixarem as questões políticas partidárias para enfrentarem esse problema em benefício dos acreanos. Deputados federais, senadores e o Governo do Estado precisam pressionar o Governo Federal para aplicar sanções nessas companhias aéreas que operam no Acre. Acredito que o diálogo tenha se esgotado, porque a coisa não muda.


Caminhos fechados
Essa situação prejudica enormemente o desenvolvimento econômico e social do Acre. Fazemos parte de uma Federação e deveriam existir leis que garantissem o direito dos cidadãos de ir e vir dentro do Brasil sem serem explorados. As ações precisam ser urgentes.


Produção
O deputado estadual Manoel Moraes (PSB) se reuniu com o governador Tião Viana (PT) para tentar ajudar os moradores das Reservas Extrativistas do Acre. O parlamentar quer a extinção das multas e ações que incrementem a produção agrícola e extrativista dessas populações.


Peregrinação
Manoel Moraes tem andado por todas as instituições acreanas com um projeto embaixo do braço para beneficiar os moradores das Resexs. Inclusive, para a integração de áreas próximas dessas unidades que ficaram sem os benefícios
concedidos por lei.


Briga de poder
Através de uma fonte recebi a informação que estão sendo trocadas “cartas” entre o TCE e a ALEAC. Para não me alongar, pedidos para possíveis investigações que podem gerar outros pedidos de investigações em via contrária.
Esperemos os próximos dias para ver se vai dar em alguma coisa ou tudo vai terminar num cafezinho.


Em busca de um rumo
O grupo da deputado estadual Maria Antônia (Pros) e do seu marido, o ex- prefeito Dêda (Pros), não deverá permanecer no Pros. O destino quase certo é o PDT. Mas estão recebendo convites também de outras legendas. O fato é que não irão para a oposição.


A necessidade de cada um
O prefeito da Capital, Marcus Alexandre (PT), que deverá ser confirmado como candidato ao Governo pela FPA, nos próximos dias, precisa se reforçar no interior. Por outro lado, o senador Gladson Cameli (PP) precisa crescer em Rio Branco. Essa é a lógica da disputa para 2018. E não sei se estará na indicação de um vice a solução do problema para os dois pré-candidatos. Ninguém vota em vice. Marcus e Gladson é que vão precisar convencer os eleitores diretamente.


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