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Governador acha que Bittar daria mais trabalho para o PT vencer em 2018

RIO BRANCO, AC, BRASIL, 01-10-2010. O candidato ao Governo do Acre, Tião Viana (PT), em entrevista, no comitê do PT, em Rio Branco (AC). Ele lidera as pesquisas e provavelmente vencerá no primeiro turno das eleições. (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress, Poder)
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Almocei com o jornalista Altino Machado que tinha acabado de ter uma conversa com o governador Tião Viana (PT). Nesse papo algumas questões foram reveladas em relação ao que a maior liderança dos petistas acreanos pensa sobre a sua sucessão ao Governo do Acre, em 2018. Primeiro que o nome do prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT) está consolidado como o candidato da FPA. Segundo que Viana não acredita que o senador Gladson Cameli (PP) será realmente o adversário da FPA porque, segundo ele, deve desistir no meio do processo. E, terceiro, que na opinião do governador, o PT teria muito mais dificuldades em derrotar o ex-deputado federal Márcio Bittar (PMDB) do que o jovem senador oposicionista. Ironicamente Viana chegou a dizer, ao jornalista, que torce para que o Gladson não desista, “porque seria muito mais fácil de ser derrotado do que o Márcio Bittar”.


Confiança em excesso
Essas palavras do governador batem com a de algumas outras lideranças petistas com quem tenho conversado. Existe uma confiança enorme para a vitória de Marcus. O próprio líder do prefeito na Câmara de Rio Branco, vereador Gabriel Forneck (PT) disse que “a oposição está desesperada e que a peia vai ser grande.”


Provocações à parte
Isso está parecendo aquelas promoções de lutadores de UFC antes da luta. Um subestimando e provocando o outro. É também uma maneira de convocar a militância que o PT e os outros partidos da FPA perderam bastante nas mais recentes eleições.

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Na vida real
Não concordo com Tião Viana de que Márcio Bittar seria mais difícil de ser derrotado. Acho exatamente o contrário. Bittar nunca ganhou uma eleição majoritária no Acre. Enquanto Gladson foi o mais votado da história na que participou.


Parelhos
As pessoas costumam me perguntar quem eu acho que vai ganhar a eleição em 2018 ao Governo. Como não tenho bola de cristal respondo baseado no jogo político que nunca é preciso. Não vejo favoritos. Os dois são jovens e carismáticos. Têm pontos falhos e virtudes. Na minha opinião, vai ser voto a voto.


O apressado come cru
Também não vejo motivos para alguns personagens da oposição acharem que já ganharam o Governo. Tem gente até distribuindo cargos por conta. Outros já se acham secretários. Isso é uma temeridade. Tem muita água ainda pra rolar por debaixo da ponte. Essa eleição será decidida na campanha e quem errar menos será o governador.


O fator Beatriz Cameli
O senador Sérgio Petecão (PSD) jogou bem ao convidar a dona Beatriz Cameli, viúva do ex-governador Orleir Cameli, para ser sua suplente, em 2018. Mas eu conversei com o filho Linker Cameli que já me adiantou que o convite não será aceito.


Negócios primeiro
Dona Beatriz e o Linker administram os negócios deixados pelo Orleir. Não iriam entrar numa aventura política num momento de crise econômica. Ainda mais numa suplência que não representa muita coisa. Isso sem a certeza da vitória do Petecão à sua reeleição. Não teria lógica.


Nem com o primo
O Linker me disse que esse tipo de convite para entrar na política diretamente não seria aceito nem que viesse do primo Gladson. Claro que a Dona Beatriz e o próprio Linker são sempre cogitados a algum cargo eletivo por deterem a herança política de Orleir, amado no Juruá.


Colegas, colegas, política à parte
Um dos maiores críticos na ALEAC do secretário de segurança Emylson Farias (PDT) é o deputado estadual Gehlen Diniz (PP), que já pediu a sua demissão várias vezes. O irônico é que os dois frequentaram uma academia de política juntos e foram colegas. Agora, cada um no seu quadrado e fogo cruzado.


Inconveniente
Não sei quem teve a “brilhante” ideia de jogar o Emylson no olho do furacão político do Acre em meio a uma das mais severas crises na segurança da história. Isso é desgastante para o secretário que é um profissional competente, mas tem seus atos questionados pela população exatamente pelas ambições políticas.


Vice do Juruá
Se a FPA não encontrar um nome forte para ser vice do Marcus vindo do Juruá pode se preparar. Isso iria mexer fortemente na autoestima da população daquelas bandas. O número de votos contra a chapa governista iria aumentar muito.


Agregam mais
Ser vice é não atrapalhar o candidato ao Governo e ainda trazer uns votos. Nesse aspecto tenho dois nomes que, na minha opinião, agregariam mais para os dois lados. Aos oposicionistas o vereador da Capital Roberto Duarte (PMDB), que está numa fase política ascendente, entre os nomes colocados, me parece o melhor. Na FPA, não tenho dúvida que o deputado estadual Jonas Lima (PT) seria o mais representativo. Ele tem uma base eleitoral forte no Juruá e está em alta na região.


Questão de trocas
Jonas teria que se filiar em outro partido para ser vice. O mesmo teria que acontecer com Duarte. Mas abrirá uma janela para a troca de partidos em março de 2018. Além disso, as próprias coligações poderão dar o destino aos dois para uma filiação que contemple os aliados. Tudo é uma questão de conveniência.


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