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Servidores públicos tem medo de comprar casa na Cidade do Povo

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A falta de segurança pública apropriada na região da Cidade do Povo, no 2º Distrito de Rio Branco, tem prejudicado fortemente a procura pelas 284 casas ofertadas pela Secretaria de Habitação e Interesse Social (Sehab) aos servidores públicos estaduais, aposentados e pensionistas. As residências serão construídas e, depois, repassadas aos interessados.


O prazo para as inscrições já foi prorrogado, justamente porque a procura estava abaixo do esperado. Reflexo dos casos dos crimes que tem afastado o desejo em viver em uma área que, além de distante do Centro, figura como palco de muitos crimes que começam no furto, passam pelos assaltos, até o tráfico de drogas.


José Ribeiro, que é servidor público, diz que não tem interesse pelas casas justamente porque a região é perigosa. “Eu gostaria muito de ir morar lá, mas com esses casas do de morte, a gente fica com medo. Isso tira nosso interesse. Se os que vivem lá estão querendo ir embora, imagina a gente, que está fora, e tem a chance de entrar”, comenta.

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Procurada, a secretária da pasta, Janaína Guedes, não foi encontrada para falar sobre o assunto. A Assessoria do órgão informou que não conseguiu contato com a gestora, nem o número de cadastros já realizados. Contudo, em entrevista ao site da Secretaria de Comunicação, Janaína afirmou que as casas estão sendo ofertadas com um custo menor que o de mercado.


Para conseguir novos cadastros, a Sehab tenta espaço durante um feirão imobiliário que ocorre na Universidade Federal do Acre (Ufac), até domingo, dia 25. Lá, quem não tiver uma boa notícia do banco que organiza o evento, pode buscar escape nas residências ofertadas na Cidade do Povo. Janaína destaca que o cadastro pode ser utilizado em outros empreendimentos ligados ao governo.


“Os interessados em fazer o cadastro devem ir ao Feirão portando seus dados funcionais, como por exemplo, o número de sua matrícula, dados pessoais, comprovante de endereço e informar contato telefônico. O cadastro valerá tanto para as casas construídas na Cidade do Povo, como para empreendimentos em outros locais que tenham participação do governo”, detalhou.


Joana Oliveira, que está prestes a se aposentar, concorda com José. Para ela, sem segurança, é melhor ficar onde já está vivendo, no bairro da Paz. “A gente tem medo de empenhar nosso salário nisso, e depois chegar lá, sair de casa, ou estar em casa, e alguém invadir nosso lar e roubar tudo. As vezes até tirar nossa vida. Com essa realidade, eu jamais vou querer morar na Cidade do Povo”, diz.


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