Após denúncia apontando que a Secretaria Municipal de Saúde de Epitaciolândia compraria medicamentos com preços acima dos ofertados no mercado acreano, o prefeito da cidade, Tião Flores (PSB) decidiu pedir que a pasta faça de imediato, uma revisão nos itens do processo e consulte a empresa Biolar, responsável pelo fornecimento, sobre os valores contratados.
Como anunciou ac24horas, nesta segunda-feira, 19, uma das compras que seriam feitas é a de anestésicos odontológicos. Os preços chegam a variar em até dez vezes àqueles que são encontrados nas distribuidores de medicamentos e afins. Uma deles é o anestésico Um Tópico, (porte, 12g), que é vendido a R$ 12,00, mas custaria ao município R$ 142,00.
“Eu verifiquei com a equipe no fim do dia. Apenas um pagamento foi feito. A gente pegou essa carona, mas não somos obrigados a comprar tudo isso. Como eu disse, já pedi [à equipe da secretaria de saúde] que façam a verificação de todos os itens, e que consultem a empresa sobre os custos. Aparentemente foi um erro de digitação deles”, alega.
Segundo Flores nenhum dos itens de medicamentos foram adquiridos e apenas um pagamento teria sido feito à empresa Biolar, algo em torno de R$ 50 mil, o que, se necessário, será apresentado ao portal para que o dinheiro público seja tratado com total transparência, não deixando espaço para dúvidas sobre a aplicação dos recursos do município.
O prefeito fez questão de dizer que sempre esteve “à disposição para esclarecer os gatos do município” e que “todo o trabalho é feito com responsabilidade, sempre cumprindo o que determina a lei”. O ac24horas também tentou ouvir a empresa Biolar, mas o telefone da empresa não atendeu. O espaço segue aberto para a manifestação.
Fique por dentro
O prefeito de Epitaciolândia, Tião Flores (PSB) levantou uma série de suspeitas ao realizar a compra de medicamentos e outros materiais pegando carona em uma licitação feita pela prefeitura da cidade de Pauiní, no Amazonas. Não apenas por isso: o prefeito também iria pagar valores muito acima dos normalmente cobrados no mercado comum.
Antes, em maio, Flores pretendia realizar uma licitação própria, inclusive com outras empresas, mas apenas uma se apresentou para o certame, o que impediu a realização do pleito. Por isso, então, o prefeito ligado à Frente Popular do Acre (FPA), resolveu usar uma licitação do Amazonas.