As obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruzeiro do Sul continuam atrasadas, mas a promessa agora é que o novo hospital estadual seja entregue até o mês de dezembro. O secretário de Saúde do Acre, Gemil Júnior, visitou as obras no Vale do Juruá após reclamações de políticos na Assembleia Legislativa (Aleac).
Segundo a Secretaria de Saúde (Sesacre), os trabalhos já estão em 50% do previsto. No final, as instalações terão 2.000 m², em uma das áreas mais bem localizadas de Cruzeiro do Sul. Os atendimentos do hospital vão alcançar uma média de 150 mil pessoas, entre eles usuários de Mâncio Lima e Rodrigues Alves.
“Muito contente em presenciar como a construção está acontecendo de forma rápida. Estamos com quase toda a estrutura levantada, que é a parte mais difícil. Se tudo correr como estamos programando e não tivermos nenhum atraso, nossa expectativa é que entreguemos as instalações no mês de dezembro”, afirma Gemil Júnior.
Quando inaugurada, a Unidade de Pronto Atendimento disponibilizará 22 leitos distribuídos em observação masculino, feminino, infantil, individual e urgência. Outro fator importante no projeto arquitetônico é a acessibilidade do prédio para quem é portador de deficiência física. A estrutura vai permitir o amplo acesso das pessoas com dificuldade de locomoção.
Blindagem
O secretário Gemil Júnior foi alvo de requerimento para prestar esclarecimentos aos deputados estaduais. Mesmo que o pedido não tenha prosperado, a ideia de intimar o gestor estadual causou muito bate boca entre os parlamentares estaduais. A ideia era justamente a de esclarecer os atrasos em obras, falta de medicamentos em unidades de saúde e, ainda, os investimentos que tem sido feitos.
Na opinião de uma deputada da oposição, o requerimento recusado é uma forma de blindar o secretário, impedindo, ainda, que ele dê satisfação sobre as obras de reforma da cozinha do Pronto Socorro de Rio Branco, aumento no valor da construção do hospital de Brasileia, ou mesmo a edificação da UPA de Cruzeiro do Sul, que deve ser entregue até dezembro.
Sobre os questionamentos no Poder Legislativo, Gemil Júnior preferiu ficar em silêncio, mas afirmou que “a Secretaria de Saúde, toda a equipe e o próprio governador Tião Viana, não tem medido esforços para manter serviços funcionando, mesmo que a crise esteja batendo à porta”, e finalizou: “todo nosso trabalho é feito ouvindo as pessoas, e somos muito sensíveis a isso”.