O deputado Major Rocha publicou na manhã deste domingo (01) em seu facebook, pedido de explicações sobre suposta prática de tortura e uso indevido de algemas em militares presos acusados de torturar, ameaçar e assassinar o ex-presidiário Gildemar da Silva Lima, o Aladin. O Major denuncia que a notícia de prisão dos militares foi amplamente divulgada antes do acontecimento através de mensagens enviadas por assessores do governador Sebastião Viana para jornalistas. O inquérito corre em segredo de Justiça.
Segundo a postagem, a suposta prática de tortura aconteceu quando os milicianos estavam na Unidade 04 – Papudinha. O deputado militar afirma que seis policiais foram conduzidos da referida unidade prisional até a sede da DECO, sob o pretexto de prestarem depoimentos.
“Segundo os militares, os mesmos foram conduzidos algemados e alguns deles tiveram que aguardar mais de uma hora em uma cela da delegacia com as algemas colocadas nos pulsos. O uso de algemas na atividade policial sempre foi alvo de infindáveis debates, pelo constrangimento físico e moral impingidos, tanto que o STF, através da Súmula Vinculante nº11, regulamentou o seu uso”, questiona Rocha.
Ainda de acordo informações, depois de permanecerem algemados durante todo o tempo e de aguardarem por mais de uma hora em uma cela da DECO, os policiais militares presos relataram que foram chamados pelos delegados de policia e alvos de uma verdadeira tortura mental e psicológica para assumirem a autoria do suposto crime e entregarem o corpo de Aladin, ainda não encontrado pelos investigadores.
“Como se fossem juízes, afirmavam que os milicianos iriam ser condenados há mais de 30 anos de cadeia. Esse procedimento era realizado separadamente com cada militar, nesses momentos os delegados ofereciam supostos benefícios legais para que os policiais acusassem uns aos outros”, relata o deputado.
Para Rocha “essa busca desesperada e arbitrária por uma confissão ou delação indica uma fragilidade dos indícios. São denúncias graves e que merecem ser apuradas”, acrescentou.
O deputado vai encaminhar expediente para a Comissão de Direitos Humanos da ALEAC e da Câmara Federal, para convocar o Comandante Geral da PM, o Secretario de Policia Civil, o Secretario de Segurança Pública, os delegados envolvidos e os policiais militares presos, para prestarem esclarecimentos sobre os fatos.
“Somos totalmente a favor das investigações e da punição dos verdadeiros culpados, agora tudo tem que ser apurado e investigado dentro da lei”, concluiu o deputado.